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Doenças sexualmente transmissíveis

Atualizado: 
09/05/2019 - 17:21
Relações sexuais desprotegidas aumentam os riscos de contrair e transmitir doenças. Os sintomas podem nunca se revelar, ou aparecer apenas passado bastante tempo. Importa não prescindir do preservativo nos contactos sexuais e realizar rastreios periódicos.

As infeções sexualmente transmissíveis (IST) são infeções contagiosas, cuja forma de transmissão mais frequente é através das relações sexuais. São provocadas por microrganismos, tais como bactérias, vírus e parasitas. Estes agentes infeciosos encontram-se nos fluidos corporais (sangue, esperma e secreções vaginais). Qualquer pessoa pode contrair uma IST através de relações sexuais (vaginais, anais ou orais) sem proteção, com alguém que esteja infetado.

A transmissão das IST é facilitada através de relações sexuais desprotegidas (não utilização de preservativo) e múltiplos parceiros sexuais. As pessoas com um único parceiro sexual ao longo da vida, poderão adquirir uma IST se esse parceiro tiver relações sexuais com outras pessoas infetadas.

Frequentemente as IST não dão manifestação clínicas durante meses ou anos, nestes casos só através de análises específicas é possível saber quem está infetado. Certas infeções provocam sintomas apenas no homem, outras somente na mulher e, por vezes, pode existir infeção sem qualquer tipo de sintoma.

Os sintomas podem aparecer logo após o contacto sexual, ou levar semanas, meses ou anos a surgir. Por vezes os sintomas desaparecem mesmo sem qualquer tratamento, mas a infeção permanece no organismo.

Alguns sinais e sintomas que podem traduzir a existência de uma IST:

  • Corrimento vaginal anormal, frequentemente com mau cheiro ou corrimento uretral;
  • Presença de vermelhidão, manchas brancas, bolhas, verrugas ou vesículas nos órgãos genitais ou à sua volta, no ânus, ou na boca;
  • Alteração de textura e/ou de cor nas unhas e/ou na pele ao seu redor;
  • Prurido intenso;
  • Dor ou sensação de queimadura ao urinar;
  • Dores difusas no baixo-ventre;
  • Sensação de dor ou queimadura aquando das relações sexuais;
  • Febre.

Se não forem tratadas algumas IST podem provocar doenças ou complicações graves. O tratamento deve ser sempre feito aos parceiros envolvidos nas relações sexuais, mesmo que não apresente nenhum sintoma.

As complicações mais frequentes são a doença inflamatória pélvica, epididimite, orquite, infertilidade, cancro do colo do útero, do pénis ou ânus. Nas grávidas, as infeções podem provocar aborto, parto prematuro ou transmissão da infeção ao feto e ocasionar malformações congénitas ou doença no recém-nascido.

As Infeções Sexualmente Transmissíveis mais conhecidas são:

Para fazer o diagnóstico de uma IST deve consultar um médico, fazer análises e os tratamentos que ele recomendar. A pessoa com uma IST tem o dever de informar os seus parceiros e/ou parceiras para que procurem uma consulta médica onde serão aconselhados e tratados.

Os principais fatores de risco para contrair uma IST são: os contactos sexuais casuais; as relações sexuais com múltiplos parceiros; a não utilização de preservativos e o início precoce da atividade sexual. Outros fatores de risco a considerar estão relacionados com a falta de cuidados de higiene, a consulta tardia após surgirem os primeiros sinais ou sintomas, a não comunicação aos parceiros sexuais, para que estes se possam tratar o mais precocemente possível.

Os grupos que apresentam maior risco de contraírem estas infeções são os jovens entre os 18 e 24 anos pois apresentam mais comportamentos de risco (consumo de álcool, drogas, parceiros sexuais casuais/múltiplos parceiros).

Perante o que foi exposto é importante evitar os comportamentos de risco e fazer rastreios regulares, principalmente se tiver um parceiro novo. Também, sempre que tiver relações sexuais ocasionais o uso do preservativo é vital. A maioria das IST podem ter cura quando diagnosticadas e tratadas precocemente.

Não esquecer que o risco de adquirir uma IST é tanto maior quanto maior for o número de parceiros sexuais, e que a infeção pode ser transmitida por um parceiro sexual aparentemente sem sinais de doença.

Cristina Paula Ferreira Oliveira Albuquerque
Enfermeira Especialista em Saúde Materna e Obstétrica
Pós Graduação em Gestão de Serviços de Saúde
Socióloga

 

 

Maria Manuela Figueiredo Pereira Marques
Enfermeira Especialista em Saúde Materna e Obstétrica
Pós Graduação em Gestão de Serviços de Saúde

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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