Presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia alerta:

Doenças cardiovasculares matam 40 mil por ano

As doenças cardiovasculares – o conjunto de doenças que afectam o coração e os vasos sanguíneos – continuam a ser a principal causa de morte em Portugal.

O estilo de vida actual, fortemente ligado ao sedentarismo e a uma alimentação repleta de gorduras saturadas e de açúcares, tem uma influência directa no surgimento de problemas cardíacos e vasculares, noticia o Correio da Manhã no dia em que se assinala o Dia Mundial do Coração.

“A nível mundial, as doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 17 milhões de mortes por ano”, disse ao mesmo jornal Manuel Carrageta, presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC). A nível nacional, o impacto desta desta continua a ser devastador: “Por ano, são cerca de 40 mil os portugueses que morrem de doenças cardiovasculares, o que representa praticamente um terço das mortes totais”, sublinha Manuel Carrageta.

Do leque de doenças cardiovasculares, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a que mais mata: é responsável por cerca de 17 mil mortes ao ano. Apesar de ainda assumir um papel de destaque, “tem se verificado uma redução do AVC”, refere o presidente da FPC, acrescentando que “esta diminuição se deve em parte ao melhor controlo da hipertensão arterial. As pessoas estão cada vez mais conscientes e tratam-se melhor”.

Os maus hábitos alimentares, o stress excessivo e a idade assumem um grande peso no surgimento deste tipo de doenças, mas os mais novos começam também a revelar factores de risco crescentes.

“Os jovens portugueses estão a ter mais problemas cardiovasculares porque está a surgir um factor de risco isolado – a obesidade infantil”, afirma Manuel Carrageta, que deixa um exemplo da importância da prevenção em todas as faixas etárias. “Morrem mais mulheres jovens de doenças do coração do que de cancro da mama”, afirmou.

 

Fonte: 
Correio da Manhã Online
Nota: 
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