Doenças autoimunes ainda não são diagnosticadas precocemente
A maior parte do diagnóstico "ainda não é precoce", disse Lèlita Santos, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, frisando que o tratamento e o diagnóstico são os dois grandes desafios nas doenças autoimunes, para além da necessidade de se conhecer as suas causas.
Hoje, "fazem-se mais diagnósticos" destas doenças que há dez ou doze anos, mas ainda não é um diagnóstico precoce, sendo necessária uma "ligação da medicina interna com os médicos de medicina geral e familiar", visto estas doenças não serem "frequentes", frisou a também presidente da comissão organizadora do 4º Congresso Nacional de Autoimunidade, que vai decorrer em Coimbra, entre quinta-feira e sábado.
"O diagnóstico precoce vai-nos permitir tratar cedo o doente e evitar as complicações nos órgãos", sublinhou Lèlita Santos, sendo depois necessária uma equipa "multidisciplinar para tratar estas doenças" e não apenas médicos de uma ou outra especialidade.
Segundo a médica internista, as pessoas que sofrem destas doenças "enfrentam alguns problemas".
Sendo pessoas jovens, "acabam por ter uma ou outra incapacidade, podendo ter problemas de relacionamento familiar ou social ou problemas económicos", referiu, sublinhando ainda que nem todas as doenças têm isenção de taxas moderadoras.
"Algumas têm parcelarmente, outras não têm e algumas têm descontos ou a possibilidade de medicamentos mais baratos", sendo necessária a isenção de taxas moderadoras para pessoas com doenças autoimunes, defendeu.
O 4º Congresso Nacional de Autoimunidade vai abordar, ao longo de três dias, temas como o transplante hematopoiético nas doenças autoimunes, doenças indiferenciadas do tecido conjuntivo, gravidez e doenças autoimunes, ou competência e formação em doenças autoimunes.