Disidrose
A disidrose, também conhecida como eczema ou dermatite distrófica, é uma doença de etiologia ainda desconhecida que se caracteriza por erupções de bolhas nas mãos e pés, resultantes, provavelmente, da retenção de sudorese entre as células da epiderme.
A palavra disidrose (dis=defeito e hidrose=produção de água ou suor) foi usada pela primeira vez em 1873, porque na época acreditava-se que a doença era causada por distúrbios sudoríparos. Já em 1876, alguns estudos atribuíram a doença a factores nervosos e modificaram o nome para Phompholix. Actualmente a disidrose é considerada uma reacção eczematizada.
Inicia-se com prurido e assume características peculiares por atingir mãos e pés, onde a pele tem características especiais, sendo mais espessada. O prurido pode ser tão intenso, que o acto de coçar rompe as bolhas que eliminam um fluído transparente. O líquido presente nas lesões resulta de processo inflamatório.
Como se trata de uma doença de causas ainda não totalmente conhecidas é necessário um diagnóstico bem detalhado na tentativa da identificação da causa ou dos desencadeantes do processo.
A doença é reincidente e, por isso, é feito um histórico detalhado dos surtos, exame das lesões e exames complementares, caso seja necessário. Poderá ser útil descartar a hipótese de infecção fúngica, uma vez que pode ser um dos factores da desidrose, bem como, certas micoses cutâneas, dermatite de contacto e dermatite atópica ou alguns medicamentos como a penicilina.
Sintomas da disidrose
As manifestações clínicas ocorrem em surtos que se repetem e duram de uma a duas semanas. O sintoma mais comum associado à disidrose é o prurido (comichão). O coçar faz rebentar as bolhinhas e podem surgir crostas.
Tratamento da disidrose
Na maioria das vezes, a disidrose tem resolução espontânea e não requer qualquer tratamento. No entanto como medida generalizada, recomenda-se a lavagem das mãos, seguida da frequente aplicação de emolientes. O contacto directo com substâncias irritantes e produtos de limpeza deve ser evitado. O uso de antibióticos é recomendado apenas quando há indícios de infecções secundárias. No casos mais graves pode ser útil o uso de corticosteróides tópicos.
Alguns cuidados que evitam a desidrose
- Sempre que possível, evitar humidade e calor nas áreas afectadas
- Use meias de algodão e sapatos com sola de couro
- Não usar ténis ou outro calçado feito de materiais sintéticos
- Retirar os sapatos e as meias frequentemente de modo a que o suor evapore
- Usar luvas de vinil forrado com algodão para evitar o contacto com substâncias que possam irritar as áreas como a água, sabão, detergente, palha-de-aço, produtos de limpeza e outros
- Usar luvas quando manusear as frutas e vegetais ácidos
- Usar luvas especiais para o trabalho doméstico ou jardinagem
- Lavar o interior das luvas após o uso
- Substituir frequentemente as luvas
- Evitar o contacto com produtos químicos irritantes, como tintas, terebintina e outros produtos utilizados para polir automóveis, chão, calçado, móveis e metais
- Remova os anéis antes de fazer o trabalho doméstico ou de lavar as mãos
- No banho use água morna e sabão neutro.