Estudo mostra

As discussões conjugais engordam

Novo estudo mostra como as discussões dentro de um casal, principalmente se houver historial de depressão, mudam a forma como o corpo processa as gorduras.

Um estudo da Universidade do Ohio, cujos resultados foram apresentados numa conferência esta segunda-feira, sugere que homens e mulheres com historial de depressão ganham mais peso depois de discutirem com o parceiro, escreve o Diário de Notícias na sua edição digital.

A investigação comprovou que as pessoas com um casamento mais hostil e que diziam ter tido problemas de depressão no passado queimavam em média menos 31 calorias por hora do que os participantes com casamentos menos conflituosos. Também tinham níveis 12% superiores de insulina no sangue.

No comunicado da Universidade do Ohio, Jan Kiecolt-Glaser, psicóloga e autora do estudo, disse que os resultados “não só identificam como os factores crónicos de stress podem levar à obesidade, mas também o quão importante é tratar as doenças psicológicas. As intervenções na saúde mental poderiam claramente beneficiar a saúde física também”.

Os investigadores observaram 43 casais saudáveis de várias idades, que fizeram comer refeições muito calóricas, e a quem depois pediram para discutir e resolver alguns assuntos que lhes causassem conflito - temas como dinheiro, comunicação, ou os sogros.

Os casais foram gravados enquanto discutiam, e essas gravações foram depois analisadas para verificar a presença de abuso psicológico ou hostilidade. Os participantes responderam também a um inquérito, para saber se tinham historial de depressão ou desordens de humor.

Depois das refeições, durante 20 minutos de cada hora pelas sete horas seguintes, os investigadores mediam quantas calorias queimavam os participantes do estudo. Verificou-se que os participantes que tinham casamentos mais conflituosos gastavam menos calorias e tinham níveis superiores de insulina no sangue, tendo também picos muito mais altos nos valores de triglicéridos. Todos estes são factores de risco para diabetes, doenças cardíacas e obesidade.

 

Fonte: 
Diário de Notícias Online
Nota: 
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