Diagnóstico de doença de Alzheimer é quase sempre tardio
A maioria dos diagnósticos de demência em Portugal são tardios, , escreve o Diário de Notícias, o que inviabiliza estratégias que já existem para ajudar a retardar a progressão destas doenças. Por isso, a Associação Alzheimer Portugal lançou ontem, dia mundial da doença, o Banco da Memória, uma iniciativa para combater a falta de informação sobre estas patologias. O objetivo é também chamar a atenção para o muito que ainda há a fazer em Portugal nesta área, como a criação de um Plano Nacional para as Demências, que acautele os direitos dos doentes e dos seus cuidadores, a formação especializada destes e a criação de instituições dedicadas, até porque o futuro é sombrio. Os cálculos apontam para que o número estimado de mais de 182 mil pessoas com demência hoje em Portugal duplique até 2030 e mais do que triplique até 2050. O envelhecimento é o principal fator de risco.
Os dados mais recentes são da Alzheimer Europe, de 2012, e apontam para a existência em Portugal de mais de 182 mil pessoas com demência, o que representa 1,71% da população, um pouco acima da média europeia, que é de 1,55%.
Nos 182 mil estimados para Portugal, 130 mil são doentes de Alzheimer, patologia neurodegenerativa progressiva e sem cura, a prazo incapacitante, e que atinge sobretudo pessoas com mais de 65 anos, mas com especial incidência nas idades acima dos 80.