Desmantelada rede europeia de falsificação de anabolizantes
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Em conferência de imprensa, a polícia espanhola informou que os elementos da rede foram detidos em Málaga, Valência, Alicante e Valhadolid, no decorrer da operação Dianu, que durou quase dois anos.
O comandante-chefe do grupo de Delinquência Especializada da Guardia Civil, Juan Jesús Reina, adiantou que a rede recebia as substâncias anabolizantes da China e da Índia, algumas vezes já embaladas, com marcas próprias, mas sem qualquer tipo de controlo sanitário.
Noutras ocasiões o material era embalado em Málaga e a rede utiliza ilegalmente o nome de um laboratório famoso para passar uma imagem de credibilidade. Nas etiquetas chegava a mencionar que o produto tinha sido elaborado em países como a Alemanha.
A polícia estima que a rede pode ter obtido receitas superiores a 500 mil euros nos últimos três anos devido a esta atividade. A Guardia Civil bloqueou contas bancárias dos detidos – algumas com saldos perto dos dois milhões de euros.
Foram apreendidos mais de 120 tipos diferentes de substancias. Na operação Dianu participaram agentes das alfândegas de França e da Alemanha.
A rede tinha três células em Espanha. Na célula de Málaga foram detidas sete pessoas, entre elas um médico e um famoso preparador culturista.
Na cidade andaluza existia um laboratório e vários armazéns de produto.
Outra célula, com duas pessoas, estava radicada em Valhadolid. Este braço da rede abastecia-se de produto em Málaga e vendia em dois ginásios.
A célula de Alicante recebia as substâncias, em bruto ou já terminadas, do estrangeiro, passando-as depois a Málaga.
A rede terá feito mais de 3.340 envios de produto para ginásios de Espanha, França e outros países.