Declarações do presidente da ANF
“O dia de hoje resulta de um trabalho conjunto entre o Ministério da Saúde e a ANF, durante mais de um ano.
Propusemos definir um novo Contrato Social entre o País e as farmácias Portuguesas. O Acordo que celebramos hoje ainda não é esse novo contrato social, mas é o primeiro passo, um passo muito importante, para a sua concretização.
Em primeiro lugar, este acordo vai beneficiar os doentes com um conjunto de serviços garantidos pelas farmácias, como o controlo da diabetes e a troca de seringas, e também com um acesso ainda maior aos medicamentos genéricos.
Depois beneficia o Estado, que sem encargos durante 12 meses, tempo do período experimental, poupará milhões de euros nos anos seguintes, graças aos ganhos em saúde decorrentes da intervenção das farmácias.
Para as farmácias, este é um passo importante no seu reconhecimento como grande rede de cuidados de saúde de proximidade, integrada no sistema nacional de saúde.
Para os farmacêuticos, é o seu reconhecimento como profissionais de saúde qualificados, indispensáveis a um sistema de saúde moderno, em que médicos, enfermeiros, farmacêuticos e todos os profissionais de saúde se articulam no combate à doença e ao desperdício.
No momento difícil que o País atravessa, que os portugueses atravessam, temos todos que utilizar os recursos disponíveis – financeiros e humanos – da forma mais eficiente possível.
Acreditamos, temos mesmo uma profunda convicção, para não dizer certeza, que a avaliação resultante do período experimental demonstrará, de forma clara e transparente, o valor para o País do contributo das farmácias para a melhoria do estado de saúde dos portugueses.
Este acordo dá-nos algo por que lutar, porque nos faz acreditar que é possível sobreviver à crise que as farmácias também atravessam”.
Paulo Cleto Duarte, Presidente da Associação Nacional das Farmácias