Dádiva de sangue por gays cada vez mais próxima

A Direção-Geral da Saúde (DGS) vai convidar nas próximas semanas três associações da sociedade civil, incluindo a ILGA – Portugal, para discutir novos critérios de triagem nos serviços de colheita de sangue, o que tem implicações nos dadores homo e bissexuais, atualmente proibidos de dar sangue por alegado risco de transmissão de infeções sexualmente transmissíveis, escreve o jornal Público.
As novidades são aguardadas desde 31 de Outubro do ano passado, prazo estabelecido pelo então secretário de Estado Fernando Leal da Costa para que a DGS e o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (ISPT) elaborassem uma norma de orientação clínica com novos “critérios nacionais de inclusão e exclusão de dadores”. A DGS e o IPST estão a trabalhar com base em recomendações de um grupo de trabalho que esteve debaixo de fogo por ter demorado dois anos e sete meses (de Dezembro de 2012 a Julho de 2015) a apresentar conclusões.
As reuniões na DGS devem dar origem a uma versão final da norma clínica, que depois passará por um período de três meses de discussão pública, antes de entrar em vigor. É de prever que ainda este ano os dadores homo e bissexuais passem a estar obrigados a períodos de abstinência sexual de seis a 12 meses.