Cuidados continuados para doentes mentais vão ser testados
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O governo apresenta esta segunda-feira as regras para a criação das primeiras experiências-piloto, da rede de cuidados continuados integrados de saúde mental.
Vão ser financiadas 25 iniciativas para jovens e adultos, com diversas tipologias, escreve a TSF.
Na infância e adolescência, o governo financia quatro projetos, repartidos entre unidades residenciais e unidades sócio ocupacionais.
Para adultos, serão apoiadas 13 unidades de internamento, de tipo residencial, cinco de reabilitação sócio ocupacional e ainda, três equipas de apoio domiciliário.
Em todos estes projetos, o objetivo é reabilitar e dar autonomia a quem é diagnosticada alguma incapacidade, tanto ao nível social como familiar, em termos de saúde mental.
A aposta é também, na inclusão das famílias e de outros cuidadores, no processo de integração na vida social.
O despacho é conjunto dos secretários de estado do Orçamento, Saúde e Segurança Social.
25 contratos
As instituições que vão ajudar o estado a criar a rede de cuidados continuados integrados de saúde mental, nesta fase piloto, já são parceiras do estado nesta área.
No total, são criados mais de 350 lugares, em instituições avaliadas a partir de experiências anteriores.
Por exemplo, no Norte, o Hospital Conde Ferreira, da Santa Casa da Misericórdia do Porto, é o principal, com 24 lugares para adultos e 15 para jovens.
No Centro, são disponibilizados 30 lugares residenciais pela Associação de Solidariedade Social de Lafões, no distrito de Viseu.
Na região de Lisboa, a Associação para o Estudo e Integração Psicossocial, garante uma resposta de 40 lugares.
No Alentejo, o Hospital S. João de Deus, em Montemor-o-Novo, com 16 lugares, e no Algarve, a Associação para a Saúde Mental do Algarve, em Loulé, com 20 vagas, garantem a restante cobertura do território continental.
O despacho conjunto dos três ministérios não refere os prazos de duração destes projetos-piloto, nem o momento do alargamento a outras instituições.