Cruz Vermelha apela à vigilância face a deslocações das festas
“Poderá existir um risco de (novas) vagas de contaminação se não forem respeitadas todas as medidas (sanitárias)” num período em que as pessoas viajam bastante devido às festas de Natal, explicou o secretário-geral da FICR, Elhadj As Sy, em Londres.
O responsável sublinhou que “não se trata de uma afirmação de que vão surgir mais casos”, mas de um “apelo para uma maior vigilância, para a preservação dos progressos realizados até agora e para não abrir a porta a novas infecções”.
“Só podemos contar com os comportamentos, as atitudes, a mobilização da comunidade, os tratamentos, os enterros seguros e dignos e o reforço dos sistemas de saúde”, adiantou.
Em funções desde Agosto, Elhadj As Sy considerou que a estabilização da progressão da doença e os sinais de diminuição observados em alguns locais são boas notícias, mas não devem levar a “baixar a guarda”.
Cerca de 11 mil voluntários da Federação das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICR) estão envolvidos na luta contra o Ébola nos três países mais afectados - Libéria, Guiné-Conacri e Serra Leoa.
A epidemia desta febre hemorrágica causou 6.388 mortos entre 17.942 infectados desde o início do ano, segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde.