Continuidade no SNS de 114 jovens médicos sem acesso a vaga de especialidade é medida positiva

No entender de Miguel Guimarães, "estes jovens tinham a justa expectativa de aceder a uma especialidade médica e, por isso, é natural que face a essa impossibilidade seja criada esta janela de oportunidade para que continuem no Serviço Nacional de Saúde (SNS), quando o seu contrato acabava no próximo dia 31 de Dezembro".
O presidente da Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos (CRNOM) recorda que "esta era precisamente a solução que a Ordem dos Médicos preconizava e defendera junto do ministro da Saúde, face à impossibilidade de encontrar mais vagas para estes 114 médicos". "Depois do investimento feito pelo País na formação pré-graduada destes jovens, é importante que se tomem medidas para que não sejam obrigados a emigrar ou a optar por uma solução laboral precária".
Não obstante esta alternativa agora encontrada, Miguel Guimarães assegura que "é urgente que Ordem, ACSS e demais instituições colaborem no sentido de potenciar o máximo de vagas para formação específica nas diferentes especialidades no concurso de 2016, ou corremos o risco de ficarem ainda mais médicos impedidos de continuar a sua formação específica”.
De resto, recorda o presidente do CRNOM, "a Ordem dos Médicos do Norte já começou a visitar também unidades de saúde privadas, para avaliar as condições e regimes de trabalho, incluindo a análise da existência potencial de condições de formação semelhantes às que existem no sector público, sem esquecer o pilar fundamental da formação, as carreiras médicas”. Miguel Guimarães considera “essencial maximizar as capacidades formativas respeitando todas as normas relativas à qualidade da formação”.