Amanhã à tarde na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra

Colóquio “Esta é a minha casa: vi(ver) n(a) comunidade”

Iniciativa pretende revisitar as paisagens da saúde mental a partir da experiência de trabalho e do olhar da câmara do enfermeiro Pedro Renca. A questão da “psicofobia” e o que leva a definir “normal” e “patológico” são outros aspetos em destaque

A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) organiza, amanhã (dia 2 de julho), o colóquio/debate “Esta é a minha casa: vi(ver) n(a) comunidade”.

O colóquio, com início às 14h30, no Polo A da ESEnfC, tem o objetivo de “revisitar as paisagens da saúde mental a partir da experiência de trabalho e do olhar da câmara do enfermeiro Pedro Renca”, cujo documentário sobre o quotidiano de doentes mentais no meio rural, intitulado “Esta é a Minha Casa”, será visionado logo após a sessão de abertura, que estará a cargo da Presidente da Escola, Maria da Conceição Bento.

“São também revisitados alguns espaços conceptuais comuns como são as questões da ‘psicofobia’, dos critérios subjacentes à definição do ‘normal’ e do ‘patológico’, assim como à forma como se reconhecem e desconhecem os problemas e territórios da saúde mental”, refere a organização do colóquio/debate, da responsabilidade da Unidade Cientifico-Pedagógica (UCP) de Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica.

“Psicofobia ou o medo de nós?” (pelo professor Luís Loureiro), “Saúde Mental: a ‘maior das minorias’” (pela professora Ana Paula Monteiro) e “Reconhecimento versus desconhecimento dos problemas de saúde mental” (pelo professor Amorim Rosa), são os títulos das comunicações que se seguem.

“As questões relacionadas com o encerramento progressivo dos grandes hospitais psiquiátricos e consequente desinstitucionalização dos doentes mentais e seu regresso às famílias e à comunidade assumiram lugar de destaque ao longo da última década e são uma realidade atual. Estas medidas, defendidas por ‘uns’ como tendo um caráter mais humanista e sendo mais eficazes do ponto de vista terapêutico (com continuidade de cuidados e acompanhamento técnico na comunidade), parecem indiciar que a institucionalização não deve ser vista como “uma medida cómoda para gente que incomoda”. Contudo, ‘outros’ têm questionado os critérios de pendor economicistas destas medidas que transformam o doente num peso para as famílias que vivem já na esteira do estigma e da discriminação sociais. Além disso, as respostas comunitárias de apoio a doentes e famílias e os sistemas de apoio em saúde mental são ainda escassos, pouco articulados e tendem a não acompanhar as necessidades emergentes de uma desinstitucionalização em massa”, constata a comissão científica e organizadora do colóquio, composta pelos professores Luís Loureiro, Amorim Rosa e Ana Paula Monteiro.

O colóquio/debate termina pelas 17h00.

Fonte: 
ESEnfC
Nota: 
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