Cláudia Faria vence Bolsa D. Manuel de Mello para investigação sobre tumor pediátrico

“O astrocitoma pilocítico é o tumor cerebral mais comum nas crianças. Embora seja um tumor histologicamente benigno, as crianças com tumores inoperáveis ou recorrentes necessitam de tratamentos de quimioterapia e/ou radioterapia. As consequências a longo prazo destes tratamentos incluem defeitos neurológicos visuais, motores, neurocognitivos e endocrinológicos que afetam gravemente a integração destas crianças na sociedade e o seu futuro profissional”, explica Cláudia Faria, adiantando que, “com este trabalho, agora distinguido com a Bolsa D. Manuel de Mello, pretendemos desenvolver novas terapias, dirigidas a alvos específicos e com menor toxicidade, melhorando assim o controlo da doença a longo prazo e a qualidade de vida dos doentes”.
E acrescenta: “Esperamos que os resultados deste projeto possam dar um contributo significativo no conhecimento da biologia molecular dos astrocitomas pilocíticos em idade pediátrica e permitam identificar novos fármacos com maior eficácia e baixa toxicidade no tratamento destes tumores cerebrais das crianças”.
A Bolsa D. Manuel de Mello, atribuída anualmente, é uma iniciativa da Fundação Amélia de Mello com o objetivo de contribuir para a investigação e progresso das Ciências da Saúde em Portugal. Destina-se a premiar jovens médicos, até aos 35 anos, que desenvolvam projetos de investigação clínica, individualmente ou integrados em equipas, no âmbito das unidades de investigação e desenvolvimento das Faculdades de Medicina portuguesas.