Porque se faz?

Circuncisão

Atualizado: 
22/07/2019 - 15:35
Consiste na remoção cirúrgica de parte ou de todo o prepúcio, que é a porção de pele que recobre a extremidade do pénis.
Genital masculino

Embora em Portugal seja praticada na maioria das vezes por motivos médicos, há também um número apreciável de circuncisões que são feitas apenas por razões de tradição ou religiosas.

Quando se deve fazer

A principal razão clínica para se fazer uma circuncisão prende-se com a existência de uma situação chamada fimose, que consiste no estreitamento do prepúcio de tal modo que se torna difícil, doloroso, ou mesmo impossível movimentá-lo para trás de modo a deixar a glande a descoberto. Muitas vezes essa dificuldade só se torna patente estando o pénis em erecção, mas também acontece frequentemente o mesmo em estado de flacidez.

Isto pode causar alguns problemas, nomeadamente no aspecto de higiene da glande que, ficando inacessível à limpeza, pode acumular secreções e sujidade, levando a irritações, infecções locais ou infecções urinárias.

Há autores que afirmam poder essa situação ser causadora de maior incidência de cancro do colo nas parceiras sexuais de homens não circuncidados, mas os estudos recentes são inconclusivos nessa matéria.

Outro problema que a fimose pode trazer é um certo grau de dificuldade nas relações sexuais, dado poder haver dores fortes ou mesmo rasgaduras do prepúcio quando este é forçado para trás durante os movimentos da cópula.

Existe também uma situação de certa gravidade, chamada parafimose, que pode acontecer no caso do prepúcio ter suficiente largura para passar para trás da glande mas ficar muito justo e apertado. Nesse caso, pode fazer um estrangulamento da base da glande que, por sua vez, tenderá a inchar e assim tornando-se extremamente difícil ou mesmo impossível voltar a passar para a frente, agravando progressivamente a situação. Por vezes pode ser necessária uma intervenção de urgência.

Como se faz

A circuncisão é uma operação simples e rápida. Pode ser feita apenas com anestesia local, embora em alguns casos especiais se opte por anestesia geral. O prepúcio, na sua totalidade ou apenas em parte, se o médico assim o entender, é cortado a toda a volta. Como este é constituído por dois folhetos de pele que deslizam um sobre o outro, ao ser cortado a porção restante fica com os dois folhetos separados que têm que ser suturados. Coloca-se um penso protector que geralmente se pode tirar ao fim de 2 a 3 dias, sendo os pontos removidos ao fim de uma semana. A cicatrização total faz-se em 2 a 3 semanas.

Durante esse tempo, e como a glande passa de uma situação de protecção permanente dentro do prepúcio para contacto com o exterior, há uma sensibilidade aumentada que pode incomodar moderadamente até que o seu revestimento espesse um pouco.

Normalmente, a não ser que haja anestesia geral, não é preciso internamento.

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Fonte: 
instituto-camoes.pt
Nota: 
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Foto: 
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