Estudo

Cientistas descobrem a razão que leva os bebés a mexerem-se no útero

Cientistas descobriram a razão que leva os bebés a mexerem-se dentro o útero, orientando as células para desenvolver ossos e articulações fortes, o que pode permitir melhores tratamentos para lesões articulares, segundo um estudo hoje divulgado.

De acordo com investigadores de Trinity College, em Dublin, algumas interações moleculares fundamentais são estimuladas pelo movimento, orientando as células e os tecidos do embrião para construir um esqueleto robusto e também maleável.

Caso um embrião não se movesse, perder-se-ia um sinal vital, o que poderia levar ao desenvolvimento de ossos frágeis e articulações anormais.

Segundo a investigação hoje divulgada na revista científica Development, as células do embrião recebem precocemente sinais biológicos que são orientadas para diferentes tipos de tecidos e de locais.

Assim, as células do embrião são direcionadas para tomar a decisão de formar osso ou cartilagem, dependendo de onde se encontrem. Por exemplo, alguns ossos precisam de material forte e resiliente para proteger e apoiar o corpo, enquanto as articulações como joelhos ou cotovelos necessitam de maleabilidade para serem movimentadas.

A comunidade científica já conhece bem os sinais que direcionam as células para construir o osso, mas sabe muito menos sobre a formação da cartilagem na articulação.

Atualmente, o tratamento clínico para a degeneração articular é a substituição das articulações, o que melhora a qualidade de vida de muitas pessoas, mas envolve cirurgia invasiva e não é uma solução permanente.

Segundo os investigadores, se for possível compreender melhor como o embrião forma a cartilagem articular, estar-se-á mais perto de encontrar formas de regenerar a cartilagem das células.

Se entendêssemos melhor como o embrião forma cartilagem articular na articulação, estaríamos em melhor posição para encontrar formas de regenerar a cartilagem de células estaminais para descobrir melhores tratamentos para lesões e doenças nas articulações.

 

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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