Cientistas criam células capazes de regenerar miocárdio
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A equipa de investigadores da Universidade de Keio (Tóquio) conseguiu produzir em laboratório células similares às do miocárdio, com uma taxa de sucesso de 90%, empregando uma forma de cultivo que reduz o risco de se reproduzirem de modo cancerígeno.
Estas células de pluripotência induzida (iPS, sigla em inglês) – de “elevada pureza” –, até agora apenas testadas em animais, vão começar a ser utilizadas em testes clínicos no próximo ano para garantir que podem ser implantadas de forma segura em pacientes humanos, informou o centro universitário em comunicado.
O diretor da investigação, Keiichi Fukuda, assinalou que esta tecnologia representa “um grande passo em frente” que torna possível a criação artificial de células do miocárdio que poderiam utilizar-se em pacientes que tenham sofrido paragens cardíacas.
Espera-se que a aplicação clínica das células iPS possa ampliar as possibilidades dos tratamentos regenerativos e constitua um importante progresso para a medicina personalizada.
O pioneiro na geração de iPS, o japonês Shinya Yamanaka, foi galardoado em 2012 com o Prémio Nobel da Medicina pelo método que concebeu para criar este tipo de células.
As células iPS são células humanas maduras que são “reprogramadas” para ficarem num estado primitivo e versátil, a partir do qual podem ser conduzidas a desenvolverem-se em qualquer tipo de célula do corpo.