Hospitais

Casos sociais ocupam mais de 250 camas

Mais de 250 camas de alguns dos maiores hospitais do país estiveram ocupadas, no primeiro semestre do ano, com doentes que tiveram de permanecer internados por incapacidade da família em os acolher e por falta de respostas sociais.

O tempo de espera da comparticipação económica para o doente ingressar num lar ou para pagar a um cuidador é o “obstáculo mais frequente à efectivação da alta hospitalar”, segundo o Serviço Social do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN).

Neste centro hospitalar, que integra os hospitais Santa Maria e Pulido Valente, os casos de alta protelada por razões sociais baixaram de 103, em 2012, para 94, em 2013. Até Junho, já foram registadas 57 situações, que demoraram, em média, 13 dias a ser resolvidas, adianta o CHLN, numa resposta escrita enviada à agência Lusa, citada pelo Diário Digital.

A falta de “vaga imediata” para acolhimento em lares, residências assistidas, centros de acolhimento de crianças e comunidades terapêuticas foi responsável por 29,8% das situações de protelamento de alta.

Também as situações sinalizadas ao Ministério Público geraram “alguns tempos de espera”, adianta o CHLN, ressalvando que, este ano, ainda não foi registada nenhuma situação de abandono.

A directora do Serviço Social do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Isabel Ventura, adiantou que “a maior parte das famílias não abandona os seus idosos”.

 

Fonte: 
Diário Digital
Nota: 
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