Carnes brancas vs Carnes vermelhas
A Organização Mundial de Saúde (OMS) indica que o consumo de carnes vermelhas não deve ultrapassar as 300g por semana e que se deve dar primazia às carnes mais magras, retirando ainda a gordura aparente.
De acordo com a opinião de vários nutricionistas, as diferenças mais notórias surgem no tipo de gorduras existentes nos dois tipos de carnes e nos nutrientes existentes. A título de exemplo, a carne de vaca apresenta mais ferro, mas também mais gordura. Já a carne de frango quando sem a pele é mais magra que a de vaca, mas carece de algumas vantagens presentes por exemplo no peixe, como o ómega 3 que é uma gordura diferente e mais saudável.
Carnes como javali, coelho e borrego podem ser incorporadas em dietas, uma vez que possuem menor quantidade de gordura do que a carne vermelha, mas o ideal é que o consumo maior venha de aves, que são as carnes mais magras. Portanto, associada a outros itens de uma alimentação saudável – como frutas, verduras e muita água – a carne branca acaba por se revelar a melhor opção, apresentando quantidade suficiente de proteínas com a vantagem de ter menos gordura.
Carnes vermelhas
Embora a ingestão de carnes vermelhas esteja a ser tão contestada, principalmente pelo conteúdo de gordura saturada, e por isso poder elevar os níveis de colesterol, não deixa de ser um alimento que contém uma elevada quantidade de nutrientes fundamentais para o crescimento e desenvolvimento do ser humano, como é o caso das proteínas que são fundamentais para o crescimento de músculos, órgãos e tecidos em geral.
É o tipo de carne – a vermelha - que contém a maior quantidade de ferro na sua composição, sendo, por isso, muito importante no combate à anemia, principalmente nos grupos de risco, nos quais se incluem crianças, mulheres grávidas e idosos. Além disso, é fundamental na formação do sangue e de algumas enzimas do sistema respiratório. O zinco, componente importantíssimo nas nossas mais variadas reacções enzimáticas, e que também participa no crescimento e funcionamento do sistema imunitário, é também encontrado em boa quantidade na carne vermelha.
Os possíveis malefícios da carne vermelha estão ligados à ingestão excessiva e predominantemente realizada com "partes” mais gordas. Estas são ricas em gorduras saturadas e colesterol, porém, se forem consumidos com moderação e, principalmente, em equilíbrio com demais tipos de alimentos, através de uma alimentação equilibrada, não influenciarão negativamente uma vida saudável. Assim, a ingestão deve ser feita preferencialmente com "partes” mais magras (filé mignon, lombo, etc.), deixando as carnes mais gordurosas para ocasiões esporádicas.
Carnes brancas
Já as carnes brancas são conhecidas por apresentarem alguns benefícios em relação à carne vermelha. A começar pela menor quantidade de lípidos, gorduras saturadas e colesterol na sua composição.
Em relação às proteínas, apesar de conterem quantidade praticamente semelhante à carne vermelha, possuem valor biológico inferior à carne vermelha. Também são consideradas boas fontes de ferro, de minerais, como fósforo e potássio, e de vitaminas, como niacina e ácido pantoténico.
Entre a vermelha e a branca…
A carne suína é resultado da produção tecnológica da indústria alimentícia, apresentando hoje em dia um reduzido teor de gorduras, calorias e colesterol em relação há 25 anos. Não há um claro consenso no que respeita à classificação desta carne, se branca ou vermelha. A verdade é que a sua composição e valor nutricional podem ser alterados de acordo com o tipo de "parte” e modo de preparo. O consumo também deve ser feito com moderação e alternando os demais tipos de carne (carne bovina e aves).
As "partes” que privilegiam a camada adiposa do animal, como o toucinho, carne de barriga entre outros permanecem com maior teor de gordura e colesterol que a carne bovina.
Contudo, a carne suína é fonte de proteínas de alto valor biológico, apresenta boas quantidades de aminoácidos, como leucina, lisina e valina, e é de alta digestibilidade. É a principal fonte de vitamina B1, boa fonte de niacina e riboflavina, além de minerais como ferro e selénio.
Numa dieta equilibrada, tente dar prioridade às proteínas de alto valor biológico nas principais refeições, tendo sempre cuidado com os exageros, uma vez que, em excesso, podem causar malefícios citados anteriormente.