Cancro da Próstata
Em Portugal o cancro da próstata ocupa o terceiro lugar da incidência de doenças oncológicas e o segundo em taxa de mortalidade, sendo responsável por cerca de 1800 mortes por ano.
Assim como noutros cancros, a causa do cancro da próstata é desconhecida, sendo mais frequente em homens afro-americanos e em homens com um histórico familiar da doença.
Na maioria dos homens o cancro cresce de forma lenta e silenciosa, podendo mesmo muitos desconhecerem que têm a doença, daí que 50 a 70% dos doentes podem apresentar doença localizada avançada e/ou metastática no momento do diagnóstico. Se for detectada cedo pode ser eficazmente tratada e curada. Para tal é importante determinar o grau e o estádio do cancro. O grau indica a velocidade de crescimento do cancro – quanto maior o grau maior a probabilidade do cancro crescer e espalhar-se rapidamente, sendo o estádio do cancro determinado pelo tamanho e extensão do tumor.
Sintomas
Em fase inicial o cancro da próstata não tem qualquer sintoma. Numa fase posterior pode causar obstrução miccional. Os sintomas obstrutivos e irritativos são marcados por uma micção prolongada; a diminuição da força e calibre do jacto urinário; a dificuldade em interromper a micção; a sensação de micção incompleta; a retenção urinária aguda ou crónica; a incontinência urinária; o aumento de frequências miccionais diurnas e noturnas e a urgência miccional.
Podem aparecer ainda outros tipos de sintomas como a dor à micção ou os resultados de uma insuficiência renal com anemia e quebra do estado geral.
Diagnóstico
Além dos exames prostáticos normais o diagnóstico do cancro da próstata é geralmente feito com base no PSA e na biopsia prostática.
PSA (antigénio específico da próstata) - é considerado um marcador tumoral cujo doseamento é utilizado no diagnóstico e determinação do estádio do cancro da próstata, bem como para monitorizar a evolução e a resposta à terapêutica instituída.
Biópsia - trata-se de um elemento fundamental para o diagnóstico do cancro da próstata, sobretudo nos casos em que a doença está localizada ou pouco avançada. Permite determinar elementos sobre o tipo de diferenciação celular, a arquitetura e o volume tumoral ou a permeação linfática, vascular e nervosa.
De modo a conseguir-se a cura do cancro da próstata é indispensável o seu diagnóstico precoce. Isto só é possível com a vigilância anual a partir dos 50 anos de idade. Caso haja história familiar de cancro da próstata a vigilância deverá iniciar-se aos 45 anos de idade.