Câmara de Lisboa quer mostrar a pessoas sem-abrigo que “Sorrir não custa”
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O programa junta o município e a Plataforma Global, e pretende ser posto em prática "ainda este ano, mas sem data para terminar", afirmou o vereador dos Direitos Sociais, João Afonso.
"O objetivo será identificar o problema, diagnosticar e começar a intervir passo a passo para melhorar as condições de vida destas pessoas", acrescentou.
João Afonso referiu, também, que "a Câmara vai ser um facilitador para implementar este programa", que "não terá custos para o município".
O autarca apontou, ainda, que "a Câmara vê com muito entusiasmo a implementação deste programa", uma vez que "existem dentistas que apoiam os sem-abrigo de forma pontual, mas não existia nada que permitisse fazê-lo de forma sistemática".
O projeto conta também com o apoio do Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo (NPISA) de Lisboa, e será um trabalho articulado com as equipas técnicas de rua, mais próximas destas pessoas.
Segundo o diretor clínico, o projeto "Sorrir não custa" consistirá em "identificar as pessoas que precisam de ajuda, educá-las a nível da higiene oral e tratá-las através de implantes dentários, sempre que possível".
Paulo Varela observou que "muitas pessoas queixam-se que não vão a entrevistas de emprego por não terem os dentes em condições".
Por isso, "o processo é mais profundo" e passa também por "melhorar a autoestima" destas pessoas, observou o dentista.
Esta ideia foi partilhada por João Afonso, que acrescentou que "a degradação da imagem dificulta a integração" das mais de 800 pessoas que estão nestas condições, na cidade de Lisboa.