Calor extremo aumentou mortalidade
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A Direção-Geral de Saúde (DGS) confirma que a onda de calor de meio de junho fez aumentar a mortalidade em Portugal, não apenas devido às 64 mortes em Pedrógão Grande.
Os dados do Sistema de Vigilância Diária de Mortalidade apontam para uma subida abrupta da mortalidade a 18 de junho, dia em que foram declaradas as mortes do incêndio mais mortal alguma vez registado em Portugal.
Contudo, as 64 vítimas das chamas não explicam todo o crescimento da mortalidade em Portugal.
No dia 18 de junho registaram-se mais 107 mortes que no mesmo dia do ano anterior; a 19 de junho mais 118; e a 20 de junho mais 70.
A 21 e 22 de junho a mortalidade já se aproximou mais do normal para a época do ano apesar de continuar um pouco elevada.
Olhando para o gráfico, há pelo menos nove anos que os números da mortalidade não andavam tão altos nesta época do ano (desde 2009, último ano com registos na base de dados da mortalidade diária).
À TSF, a subdiretora-geral de saúde confirma que o aumento do calor fez aumentar um pouco a mortalidade, mas desdramatiza.
Graça Freitas explica que estas subidas são normais quando há calor extremo, ainda por cima, este ano, com as vítimas provocadas pelos incêndios.
A DGS confirma ainda que a maioria destes falecimentos ajudados pelo calor atingiram idosos, com idades acima dos 75 anos, pessoas com várias complicações de saúde que já estariam muito fragilizadas.
Sobre o aumento do ozono e das partículas na atmosfera, a responsável da DGS diz que essa subida durante os dias de calor não foi muito significativo e não se notou na procura dos cuidados de saúde.