Boné que faz electroencefalogramas sem fios
Trata-se do resultado do projecto Do IT - Desenvolvimento e Operacionalização da Investigação de Trasladação, financiado pelo Programa Operacional Factores de Competitividade (COMPETE), e que tem como objectivo colocar a tecnologia ao dispor da Saúde.
Depois do desafio lançado pelo Health Cluster Portugal, e mediante um investimento de 6,8 milhões de euros, 21 instituições, como hospitais, universidades e empresas, trabalharam em projectos ao longo dos últimos três anos, cujos resultados serão agora conhecidos.
Os vários projectos de diagnóstico e prognóstico foram desenvolvidos por investigadores, empresários e profissionais de saúde portugueses nas áreas do cancro, doenças neurodegenerativas e diabetes.
Nuno Sousa, docente da Universidade do Minho, explicou que os projectos – alguns ainda em fase de melhoramento – poderão vir a ser comercializados e que têm como objectivo principal melhorar a vida das pessoas.
Como exemplo, Nuno Sousa disse que a sua universidade desenvolveu um boné que contém um dispositivo que permite realizar electroencefalogramas sem fios, recorrendo ao sistema wireless.
A possibilidade do exame ser feito “em qualquer lado” e “com grande rigor científico” levou os investigadores a ponderarem a sua utilização para outros fins.
Nesse sentido, este boné poderá vir a ser usado por condutores de longa distância, a quem emitirão sinais sempre que o cérebro destes revelar cansaço.
Segundo Nuno Sousa, este protótipo já mereceu a atenção de algumas empresas, embora ainda não esteja em fase de comercialização.
Outros projectos que serão apresentados na quinta-feira são uma cinta que permite fazer um electrocardiograma fetal ou um dispositivo que permite ao médico que consulta um exame endoscópico ir para a parte que lhe interessa através de uma palavra.