Boas práticas no consumo de antibióticos

O trabalho decorreu ao longo de 3 anos e teve uma componente educativa e de sensibilização junto de médicos e farmacêuticos.
Os investigadores começaram por fazer inquéritos a cerca de 2500 médicos e farmacêuticos.
Avaliado o grau de conhecimento destes profissionais sobre a prescrição e dispensa de antibióticos, concluiu-se que muitos receitavam antibióticos indevidamente e foi aí que avançaram as ações de sensibilização, escreve a TSF.
Uma intervenção educativa, assente em dados científicos diz a coordenadora do estudo Maria Teresa Herdeiro. Um ano depois desta intervenção, o consumo de antibióticos caiu 3,7% e o estudo permitiu concluir que médicos e farmacêuticos por vezes são complacentes com o doente.
A Organização Mundial de Saúde diz que o aumento da resistência aos antibióticos pode tornar mais difícil o tratamento de casos simples.
E, para combater o que chamam de problema de saúde publica os investigadores portugueses defendem que médicos devem ter mais informação e os doentes mais literacia.
O próximo objetivo da equipa é criar uma aplicação móvel com algoritmos de apoio à decisão médica e informação útil para os doentes.
O projeto venceu o Prémio Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa em Epidemiologia Clínica, no valor de 20 mil euros. O premio é entregue esta 5ª feira.