Benzodiazepinas
A via de administração normal é a oral, apesar de existirem consumidores que abusam de benzodiazepinas e utilizam a via intravenosa para a injectar, diluindo os comprimidos em água.
As benzodiazepinas facilitam a ação do ácido gamma-aminobutírico (GABA) sobre os seus recetores.
A metabolização e a sua duração média variam de forma considerável de uns fármacos para outros. Ocasionalmente dão lugar a metabolitos activos ou a outras benzodiazepinas, prolongando-se assim a sua acção farmacodinâmica.
Efeitos imediatos
Têm uma ação ansiolítica, anticonvulsiva e provocam um estado de relaxamento muscular e sonolência. Podem provocar desinibição, pondo o indivíduo num estado loquaz, excitável ou inclusivamente agressivo.
Trata-se de fármacos com uma ampla margem de segurança e, até nas intoxicações agudas, o risco de morte é reduzido.
As doses elevadas provocam náuseas, confusão e diminuição da coordenação psicomotora.
Todos os efeitos, tal como acontece com os barbitúricos, aumentam em combinação com o álcool, podendo provocar uma overdose.
Efeitos a longo prazo e potencial de dependência
Se tomar durante poucas semanas, a tolerância é escassa e são pequenas as dificuldades para a deixar de consumir.
Ao fim de vários meses, o número de pacientes que desenvolvem tolerância aumenta e ao reduzir a dose, podem surgir sintomas de abstinência – já um sinal de dependência.
A interrupção brusca pode ser perigosa, mas o seu abandono não se torna problemático, se for retirada com controlo médico e gradualmente.
Os sinais que prefiguram uma Síndrome de Abstinência serão enumerados a seguir, tendo em conta que a manifestação varia, se:
- Forem benzodiazepinas de acção curta, os sintomas podem aparecer poucas horas depois de serem suprimidas;
- Forem benzodiazepinas de acção prolongada, os sintomas podem aparecer semanas depois de cessar a sua administração:
- Aumento da ansiedade;
- Insónia;
- Irritabilidade;
- Náuseas;
- Dor de cabeça e tensão muscular;
- Tremores e palpitações;
- Disforia.
- Nos casos graves: convulsões, quadro confusional, despersonalização, diminuição do limiar de perceção dos estímulos sensoriais, psicose, etc.