Beira Baixa é uma das regiões da OCDE com mais idosos
O relatório “Prevenir o Envelhecimento de Forma Desigual”, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), revela que a população está a envelhecer de forma cada vez mais acelerada e que as gerações mais jovens irão viver situações de maior desigualdade na velhice.
Portugal não é exceção e surge como uma das regiões com mais idosos mas também um dos cinco países onde a população está a envelhecer mais rapidamente, ao lado da Coreia do Sul, Grécia, Itália e Espanha, revela o estudo onde o Japão é apontado como o mais envelhecido.
“As regiões da OCDE com maior percentagem de idosos, que excede as médias nacionais, são a Evrytania, na Grécia (33%), Akita, no Japão (32%), Halliburton, no Canada (31%), Orense, em Espanha (39%), Beira Baixa, em Portugal (29%), e Savona, em Italia (28%)”, lê-se no documento hoje divulgado.
Os futuros idosos vão viver mais tempo mas estarão em situações mais diversas: haverá quem tenha estado desempregado em algum momento da sua vida e vivido com salários baixos, enquanto outros terão desfrutado de rendas mais altas e empregos mais estáveis.
O relatório analisou também as pensões e descobriu que em um terço dos países da OCDE mais de 85% das desigualdades salariais acabam por se refletir nas pensões. Portugal surge neste grupo ao lado de países como a Turquia, Finlândia, Itália, Espanha, França ou Alemanha.
Além de rendimentos díspares, os relatores falam também em desigualdades na educação, saúde e emprego que começam a aumentar a partir de idades precoces: “Um homem de 25 anos com formação universitária pode esperar viver quase mais oito anos do que alguém com a mesma idade mas com menos formação académica”.
Portugal volta a surgir no capítulo sobre saúde para ser apresentado como um dos cinco países que em 2014 apresentava maiores disparidades regionais de camas hospitalares, juntamente com o Canada, Polónia, Turquia e os EUA.
“A região do Alentejo tem muito poucas camas e médicos - respetivamente, nove e dez por cada mil idosos”, lê-se no documento que aponta como medida positiva os programas educacionais para os adultos que foram lançados nos últimos anos.