Atletas hiper-andróginas estão geneticamente em vantagem no desporto
Um estudo encomendado pela Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) concluiu que o excesso de testosterona beneficia o desempenho destas atletas, como sucedeu nos casos de Caster Semenya e Dutee Chand.
Publicado no "British Journal of Sports Medicine", o estudo é assinado por Stéphane Bermon, que participou nos trabalhos da IAAF sobre este assunto, e por Pierre-Yves Garnier, diretor do departamento científico do organismo internacional, escreve o Sapo.
A IAAF informou que este estudo "faz parte de um conjunto de provas" que está a recolher, no sentido de reabrir o processo no Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), que suspendeu em 2015 os regulamentos do organismo para restringir a participação em provas de algumas atletas.
O TAS considerou que os regulamentos eram discriminatórios e deu um prazo até julho de 2017 para a IAAF provar cientificamente que aquelas atletas, designadas 'híper-andróginas', são favorecidas desportivamente por esse facto.