Apenas 5% dos portugueses pratica desporto regularmente

De acordo com a análise europeia, desde 2009 que o número de portugueses que diz praticar exercício físico tem vindo a descer, sendo consideravelmente inferior ao observado nos restantes países europeus. As mulheres são ainda as que menos atividades físicas praticam: 78% contra 68% dos homens que dizem nunca praticar exercício físico ou desporto.
Considerando outras atividades físicas, como andar de bicicleta, dançar ou fazer jardinagem, a percentagem de portugueses que as pratica regularmente, de acordo com o eurobarómetro, tem vindo a decrescer acentuadamente, situando-se nos 5% - um valor também inferior à média europeia. Em contraste, o número de portugueses que admite nunca praticar estas atividades subiu de 36% em 2009 para 64% em 2017. Ou seja, mais de metade da população a levar uma vida sedentária.
Dos que praticam exercício, 17% afirma praticar atividades físicas de intensidade moderada (andar de bicicleta ou jogar ténis em pares) 1 a 3 dias por semana. Apenas 10% reporta fazê-lo entre 4 a 5 vezes por semana.
Quanto as atividades aeróbicas, apenas 7% dos inquiridos afirma praticá-las entre 4 a 7 dias por semana. A maioria (13%) fá-lo entre 1 a 3 dias.
No que diz respeito a caminhadas, 47% dos inquiridos admite caminhar 10 minutos ou mais, pelo menos 4 dias por semana. 29% nunca caminha mais de 10 minutos por dia.
Já os que passam o dia sentados, 34% reporta passar mais de 5h30 nesta posição. Um número que tem vindo a aumentar, quando comparado com dados anteriores.
Entre os locais escolhidos para a prática de exercício, 43% dos inquiridos diz preferir parques ou outros locais ao ar livre. O ginásio é a escolha de apenas 27% dos que participaram neste estudo. Comparando os valores de 2017 com os de 2013, houve, ainda assim, um aumento na procura pelos ginásios.
Melhorar a saúde (51%), relaxar (38) ou melhorar a aptidão física (36%) são as principais razões que levam os portugueses a praticar exercício físico.
Quanto aos motivos para o sedentarismo, a falta de tempo é referida por 43% dos inquiridos, seguida da falta de interesse ou motivação (33%). Para além destes serem os valores mais elevados da média europeia, Portugal também lidera na percepção de que a atividade física é demasiado dispendiosa.