Distinguido no 19.º Congresso Nacional de Medicina

António Arnaut encara medalha da Ordem dos Médicos como vínculo da instituição ao SNS

O advogado António Arnaut disse, em Coimbra, que o reconhecimento, pela Ordem dos Médicos, do seu papel na criação do Serviço Nacional de Saúde, vincula a instituição e os seus profissionais ao melhoramento deste serviço público.

Após ter sido agraciado com a medalha de mérito da Ordem dos Médicos (OM), no Polo III da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, António Arnaut frisou que a distinção “compromete a Ordem na defesa e no aprofundamento” do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Sinto-me reconhecido e agradecido”, declarou aos jornalistas, no final da cerimónia, em que também foram agraciados, com a mesma medalha, 16 médicos de diferentes regiões do Continente, dos Açores e da Madeira, um deles a título póstumo.

O principal impulsionador do SNS realçou o empenho do atual bastonário da OM, o professor universitário José Manuel Silva, que presidiu à sessão, na defesa e consolidação do Serviço Nacional de Saúde.

Na história da Ordem dos Médicos, esta é a primeira vez que tal distinção contempla um não médico, o que passou por uma recente alteração do regulamento das medalhas de mérito da instituição.

No vídeo de apresentação de António Arnaut, em que foi justificada a sua escolha para ser um dos galardoados, José Manuel Silva definiu o SNS como “a maior obra social do Portugal democrático”, nascido com o 25 de Abril de 1974.

“Sinto-me como um profano no meio de arcebispos da medicina portuguesa”, gracejou o advogado e antigo grão-mestre do Grande Oriente Lusitano – Maçonaria Portuguesa.

António Arnaut nasceu há 80 anos, na aldeia da Cumieira, no concelho de Penela, distrito de Coimbra, onde “as pessoas comiam o pão duro dos dias sem sol, viviam à míngua e morriam, em regra, sem assistência médica”, como disse o próprio, em maio de 2014, na Universidade de Coimbra, que então o agraciou com título de doutor 'honoris causa'.

Além de António Arnaut, ministro dos Assuntos Sociais no segundo Governo Constitucional, liderado por Mário Soares, nos anos 70 do século XX, foram distinguidos pela Ordem dos Médicos os seguintes médicos e professores portugueses de Medicina: Alexandre Sousa Pinto, António Madeira Ascensão, Carlos Mota Cardoso, Eduardo Leite Pacheco, Isabel Pereira Ramos, Isabel Jacob Carvalho, João Baptista Ganho, João Covas Lima (falecido), José Medina Vieira, José Pires Teixeira, Luís Mendonça Barrôco, Luís Belo de Barros, Maria Maciel Barbosa, Martim Abreu Diniz e Tice Anastácio Macedo.

O espanhol Juan Rodriguez Sendín, bastonário da Ordem dos Médicos de Espanha, foi também galardoado, sendo o primeiro estrangeiro a receber a medalha da Ordem dos Médicos, portuguesa, mas não pôde estar presente.

As medalhas foram entregues durante os trabalhos do 19.º Congresso Nacional de Medicina – 10.º Congresso Nacional do Médico Interno, que terminou no sábado, organizado pela Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, a que preside Carlos Cortes.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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