Contracepção feminina

Anel contraceptivo

Atualizado: 
16/09/2014 - 16:03
É um método contraceptivo feminino, constituído por um anel flexível com um diâmetro de 54 mm e 4 mm de espessura, impregnado de hormonas que se difundem através da parede da vagina numa dose diária constante.
Anel contraceptivo

Como actua?
O anel contraceptivo liberta diariamente hormonas que entram na circulação sanguínea através da parede da vagina e com isso impedem a libertação do óvulo e portanto a gravidez.

 

 

Quais as vantagens?

• É um método muito eficaz;

• Constitui uma opção para mulheres que se esquecem de tomar comprimidos diariamente, que não têm horários regulares para tomar medicamentos, ou simplesmente não gostam de repetir todos os dias a rotina de tomar um contraceptivo;

• É um método “invisível”.

Contra‐indicações:

Não pode ser utilizado por mulheres com contra‐indicação para fazer métodos hormonais com estrogénios. Ou seja, tem as mesmas contra‐indicações que a “pílula” estroprogestativa. Como usar?

O anel introduz‐se na vagina de forma semelhante a um tampão, permanecendo colocado durante 3 semanas. Retira‐se no início da 4ª semana (altura em que se menstrua) e reinicia‐se um novo anel após a pausa de 1 semana (ver esquema abaixo).

Na primeira utilização, se pretende obter o efeito contraceptivo logo na primeira embalagem, deve começar‐se no primeiro dia da menstruação. Depois mantém‐se o modelo já descrito e que se exemplifica no esquema.

Esquema de utilização do anel contraceptivo

As dúvidas:

Como fica introduzido na vagina, este método levanta algumas questões particulares...

·         O anel coloca‐se e retira‐se sem dificuldade. Apesar da sua forma de anel, é muito flexível e insere‐se como um tampão;

·         O anel não “cai”, assim como não caem os tampões. A vagina está envolvida por músculos que mantêm a tensão e impedem que isso aconteça (excepto nas mulheres com prolapso, que por essa razão não podem usar este método);

·         Durante as relações sexuais não é necessário retirar o anel. Habitualmente os parceiros referem não sentir o anel e que não interfere com o normal desenrolar do acto sexual, mesmo que em alguns momentos se possam aperceber da sua presença. No entanto, pode ser retirado da vagina durante 3 horas sem diminuir a sua eficácia. Contudo, não é aconselhável fazê‐lo pelo risco de esquecimento. Se for recolocado mais de 3 horas depois, será necessário tomar medidas contraceptivas adicionais nos 7 dias seguintes;

·         Pode ser usado em simultâneo com o preservativo, espermicidas, ou lubrificantes;

·         As vaginites provocadas por fungos, assim como o seu tratamento, não diminuem a eficácia contraceptiva do anel.

O que pode interferir na eficácia do método?

·         A eficácia deste método não é afectada por episódios de vómitos ou diarreia. Não está ainda bem estabelecido se os antibióticos diminuem a segurança contraceptiva. Por isso mesmo, nesta fase, quando se tomam antibióticos, será mais prudente usar também outro método (por exemplo o preservativo) enquanto dura o tratamento e nos 7 dias seguintes.

·         Existem alguns fármacos que podem interferir na sua eficácia. Antes de iniciar qualquer medicação pergunte, sempre, se ela interfere com o seu contraceptivo.

E não se esqueça ...

O anel contraceptivo não protege das infecções transmitidas sexualmente (ITS). Faz por isso todo o sentido utilizar também o preservativo como forma de as prevenir... mesmo quando se utiliza um método de contracepção seguro. A prevenção das ITS é um comportamento saudável.

Fonte: 
DGS
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Foto: 
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