Alunos sobem ao palco porque “um médico que só de medicina sabe, nem de medicina sabe”
Organizado pela Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina de Lisboa (AEFML), o Sarau Cultural nasceu do “espírito irreverente e inquieto dos estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) de poderem prosseguir a sua atividade artística mesmo estando em Medicina”.
“Foi esta força de vontade que levou a que, ano após ano, os estudantes se reunissem para realizar pequenas atuações musicais que permitiam manter viva a veia artística aliada à medicina”, segundo uma nota da AEFML sobre o espetáculo.
Estes alunos acreditam que “a arte tem um papel essencial na construção de médicos mais capazes, mais motivados, mais humanos e mais unidos”.
“Acreditamos na arte como linguagem unificadora dos estudantes, como marca indelével do seu percurso académico, como memória que guardarão dos seus tempos de estudante, e como motor de construção pessoal e humana”, lê-se no comunicado.
Ao palco da Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, subirão perto de 200 artistas (entre os quais 130 músicos, 20 atores e 20 dançarinas).
Pedro Frazão, que coordenou a anterior edição deste sarau, refere-se a este espetáculo como “uma noite precedida de meses de trabalho e amor”.
“Ao relembrada em memórias insubstituíveis, [essa noite] reduz o meu coração a um sentimento de tristeza tranquila e irrequieta ao mesmo tempo, num misto de saudade e glória. E posso aí dizer que já vivi alguma coisa”, escreve.
Para Pedro Frazão, trata-se de um projeto que, “acima de tudo, une as pessoas. Em todos os dias, mas especialmente nos de hoje, isso é algo que deve ser acarinhado com toda a fervura”.