Alimentos contra a dor de cabeça
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 75 por cento da população, entre os 18 e os 65 anos, sofre de dores de cabeça (enxaquecas ou cefaleias de tensão).
Em Portugal, estima-se que um em cada sete adultos sofra de enxaquecas, sendo as mulheres as mais afetadas.
Entre as causas, que podem ser genéticas, encontram-se as alterações dos padrões do sono, stress ou ansiedade, alterações climatéricas ou os maus hábitos alimentares. Sabe-se, aliás, que passar por longos períodos de jejum ou ter uma dieta pobre em determinados nutrientes pode potenciar o aparecimento e agravamento destes sintomas.
Magnésio, selénio, ómega-3 e vitamina B12, a par dos antioxidantes, são os nutrientes que deve privilegiar, à mesa, se quiser combater as dores de cabeça.
O papel do magnésio neste combate tem sido demonstrado em vários estudos. A concentração deste nutriente no nosso organismo afeta os receptores de serotonina, responsável por regular a percepção da dor e a nossa disposição, bem como outros receptores e neurotransmissores relacionados com a enxaqueca.
Por outro lado, o magnésio tem uma ação relaxante que pode ajudar a aliviar a dor de cabeça, quando a sua causa se deve ao stress ou ansiedade, e tensão pré-menstrual.
Recomenda-se, deste modo, a ingestão diária de 350 a 400mg de magnésio, presente em alimentos como o espinafre, amêndoas, sementes de abóbora, alcachofra, feijão preto ou chocolate.
O selénio presente no salmão, ostras ou farelo de trigo, por exemplo, protege-nos dos radicais livres.
Na realidade, este mineral tem a capacidade de eliminar os metais tóxicos do nosso organismo, que não só contribuem para o aumento dos radicais livres como podem causar sintomas de enxaqueca e potenciar o desenvolvimento de doenças neurológicas, como Alzheimer ou Parkinson.
Especialistas em nutrição recomendam que ingira, pelo menos, 55mg deste mineral por dia.
O ómega-3 presente no salmão, sardinha, arenque, atum ou semente de linhaça tem uma ação anti-inflamatória.
O consumo em excesso de gorduras e produtos refinados promove a produção de substâncias que desencadeiam estados inflamatórios, causando a dilatação dos vasos e, consequentemente, promovendo o aparecimento de dores de cabeça.
A ingestão de apenas 2g por dia de ómega-3 garante-lhe proteção contra estes estados.
A vitamina B12, por seu lado, é essencial para o funcionamento do sistema nervoso, evitando alterações de sensibilidade no corpo que podem conduzir às dores de cabeça.
Ao redor dos nossos nervos existe a chamada bainha de mielina que, para além de servir de “capa” protetora, atua ao nível da passagem do estímulo nervoso.
A carência de vitamina B12 é capaz de provocar uma falha nesta “barreira” protetora dos nossos nervos
Atum, ovos, leite ou marisco são alimentos ricos em vitamina B12.
As substâncias antioxidantes são, também, vivamente aconselhadas para o combate à dor de cabeça. Tal como o magnésio, têm a capacidade de combater os radicais livres e libertar o nosso organismo de substâncias tóxicas. Esta ação contribui para o equilíbrio metabólico, melhorando a circulação e amenizando, como consequência, os sintomas da dor.
Cenoura, mamão, vegetais de folha verde e óleos vegetais são exemplos de alimentos ricos em antioxidantes.