Estudo

Afinal nascer com o gene da obesidade não significa ser gordo a vida toda

As pessoas portadoras de uma variante do gene FTO - chamado gene da obesidade - que favorece a acumulação de gordura reagem tão bem à dieta e ao exercício como aquelas que não o têm.

Isto significa que as pessoas com essa variante genética, que parece estar ligada a um maior risco de excesso de peso, não estão necessariamente condenadas a permanecer assim, de acordo com uma meta-análise publicada na revista médica British Medical Journal (BMJ).

"Indivíduos portadores (da variante) respondem igualmente bem a intervenções para a perda de peso à base de dieta, atividade física ou medicamentos", escreveram os autores do artigo baseado na revisão de oito estudos envolvendo cerca de 10.000 pessoas. Isto significa que a predisposição genética para a obesidade "pode ser pelo menos parcialmente neutralizada por meio de tais intervenções".

Cientistas já tinham demonstrado a associação entre uma variante do gene FTO e o excesso de gordura corporal, escreve o Sapo, mas pouco ou nada se sabe em concreto sobre o funcionamento desse vínculo.

Em 2014, segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de 1,9 mil milhões de adultos em todo o mundo tinham excesso de peso. Destes, mais de 600 milhões eram obesos.

O excesso de peso está associado a uma maior predisposição para doenças cardíacas, cancro e acidente vascular cerebral.

Comentando a última investigação, a nutricionista chefe da agência de Saúde Pública da Inglaterra, Alison Tedstone, disse que as causas da epidemia de obesidade podem ter pouco a ver com genes. O estudo acrescenta evidências que "sugerem que fatores ambientais podem ser dominantes sobre os genes comuns ligados à obesidade".

Fonte: 
Sapo
Nota: 
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