Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

Actividade gripal desagravou-se, mortalidade continua acima do esperado

A actividade gripal desagravou-se na semana passada, mantendo-se a mortalidade acima do esperado, apesar da tendência para decréscimo, com o excesso de óbitos a poder estar associado ao frio, à gripe e a infecções respiratórias.

A descrição consta no Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe, divulgado semanalmente, à quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

Segundo o relatório, a actividade gripal baixou, na semana de 26 de Janeiro a 1 de Fevereiro, de alta para média, com a taxa de incidência a cair de 148,0 casos por cada cem mil habitantes, da semana precedente, para 82,1 casos, embora mantendo-se "acima da zona de actividade basal".

O vírus do tipo B continua a ser o predominante, tendo sido detectado em 71% dos casos de gripe na semana passada.

De acordo com o boletim, foram admitidos seis novos doentes em unidades de cuidados intensivos hospitalares da rede de vigilância epidemiológica, correspondendo a uma taxa de admissão de 3,0% , inferior à que foi estimada para a semana anterior.

A mortalidade "por todas as causas" continua "acima do esperado", apesar da "tendência para decréscimo".

Segundo os dados da Vigilância de Mortalidade, disponíveis no portal da Direcção-Geral da Saúde, registaram-se 3.106 óbitos na semana de 18 a 24 de Janeiro, 2.986 entre 25 e 31 de Janeiro e 1.886 na semana em curso, que começou a 1 de Fevereiro e termina no domingo.

O Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe, referente à semana passada, menciona que o excesso de mortes foi observado apenas entre idosos, com 75 ou mais anos, e nas regiões do Norte, Centro e Vale do Tejo, "podendo estar associado ao frio extremo, ao aumento da incidência das infecções respiratórias agudas e à actividade gripal".

O Sistema Nacional de Vigilância da Gripe foi activado em Outubro de 2014 e funciona até Maio de 2015.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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