Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

Actividade gripal continuou alta na segunda semana de Janeiro

A actividade gripal continuou alta, na segunda semana de Janeiro, entre os dias 05 e 11, tal como a mortalidade por "todas as causas" se manteve acima do esperado, revela o Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe.

O boletim, elaborado semanalmente pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), refere, no entanto, que a taxa de incidência da síndrome gripal baixou ligeiramente, face à primeira semana, dos 127,7 casos para os 119,7 por cada 100 mil habitantes, embora mantendo-se acima da "zona de actividade basal".

No período analisado, e no que toca a internamentos hospitalares, foram admitidos seis novos casos de gripe nas 19 unidades de cuidados intensivos que reportaram a informação, o que corresponde a uma taxa de admissão por gripe de 3,0%, "superior à que foi estimada" para a primeira semana de Janeiro.

Segundo o boletim, foi identificado o vírus influenza B em quatro doentes e o influenza A em dois. Um dos pacientes com influenza B morreu. O INSA precisa que, dos seis novos doentes internados, cinco tinham doença crónica subjacente e, dos quatro que se conhece o estado vacinal, nenhum estava vacinado contra a gripe.

O boletim adianta que, até à segunda semana de Janeiro, foram analisados laboratorialmente 263 casos de síndrome gripal, tendo sido detectados 20 casos do vírus influenza do subtipo A (H3), "na sua maioria pertencentes ao grupo genético que inclui estirpes diferentes da estirpe vacinal 2014/2015".

O vírus influenza B "continua a ser o predominantemente detectado desde o início da época de vigilância, totalizando 79% dos casos de gripe", assinala o mesmo relatório.

O Sistema Nacional de Vigilância da Gripe foi activado em Outubro de 2014 e funcionará até Maio de 2015.

A Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe é constituída por 16 unidades, na sua maioria de hospitais do continente e das regiões autónomas da Madeira e dos Açores. Compete a esta rede assegurar a detecção e a caracterização dos vírus da gripe que estão na origem dos casos mais graves da doença.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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