27 pessoas de quarentena em Cabo Verde

A informação foi avançada pela ministra da Administração Interna, Marisa Morais, numa conferência de imprensa para dar conta da decisão do Governo em autorizar, por razões excepcionais, a entrada em Cabo Verde de cidadãos estrangeiros que tenham transitado pelos países oeste-africanos afectados pelo vírus.
Marisa Morais não adiantou a nacionalidade dos 27 cidadãos - cabo-verdianos ou transitados ou oriundos do Senegal, Guiné-Conacri, Serra Leoa, Libéria e Nigéria -, e garantiu que Cabo Verde está "preparado" para enfrentar eventuais casos da febre hemorrágica.
Sobre a medida governamental, a ministra cabo-verdiana salientou tratar-se de um "aditamento" à decisão de proibir a entrada de cidadãos estrangeiros que tenham transitado ou oriundos daqueles cinco países, que entrou em vigor no arquipélago a 1 deste mês.
"Podem, por razões humanitárias, de emergência médica, económicas ou outras de relevante interesse público, ser autorizadas entradas no território nacional mediante despacho do primeiro-ministro (José Maria Neves)", afirmou Marisa Morais.
Manifestando a "solidariedade" do Governo cabo-verdiano para com os países afectados, Marisa Morais salientou que a entrada de cidadãos nesse contexto será feita caso a caso e que a ponderação será feita por especialistas sanitários.
No entanto, mantém-se o controlo aos transportes aéreos e marítimos da costa oeste-africana, tendo sido reduzidos os voos diretos entre a Cidade da Praia e Dacar, a única capital oeste-africana para onde voa a transportadora cabo-verdiana TACV.
A epidemia surgiu em fevereiro deste ano, com casos, até hoje, no Senegal, Guiné-Conacri, Serra Leoa, Libéria e Nigéria, matando cerca de 1.900 infectados.