Que iniciam ano comum e especialidade

10% dos médicos são portugueses formados no estrangeiro

Cerca de 10% dos médicos que sexta-feira iniciam o ano comum e a formação da especialidade do internato médico são portugueses licenciados no estrangeiro, segundo informou a Administração Central do Sistema de Saúde.

De acordo com a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), vão iniciar sexta-feira o ano comum do internato médico, nas instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS), 1.941 médicos.

Destes médicos, 201 (10,35%) são portugueses licenciados em países terceiros, na sua maioria Espanha (131) e República Checa (48), e 58 têm nacionalidade estrangeira.

Estes clínicos irão ser distribuídos por instituições da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte (685), da ARS do Centro (334), da ARS de Lisboa e Vale do Tejo (667), da ARS do Alentejo (71), da ARS do Algarve (93).

Para unidades de saúde da Região Autónoma da Madeira irão 39 médicos e 52 para a Região Autónoma dos Açores.

No mesmo dia iniciarão o primeiro ano da especialidade do internato médico 1.526 profissionais, dos quais 64 são estrangeiros e 152 (9,9 por cento) são portugueses licenciados em países terceiros, na sua maioria Espanha (77) e República Checa (48).

Estes médicos serão distribuídos por instituições da ARS do Norte (553), da ARS do Centro (244), da ARS de Lisboa e Vale do Tejo (579), da ARS do Alentejo (51), da ARS do Algarve (52), da Região Autónoma da Madeira (24) e da Região Autónoma dos Açores (23).

 

Vagas para internato médico aumentam em mais de 400 desde 2011

Os lugares para ingresso no internato médico aumentaram em mais de 400 vagas entre 2011 e este ano, passando de 1546 para 1950 em 2014, segundo números hoje divulgados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

Num comunicado a propósito da contratação de profissionais médicos e da resposta das urgências hospitalares a ACSS lembra que no caso dos médicos o trabalho suplementar/extraordinário pode ir até às 200 horas anuais.

E lembra também que a os cortes na remuneração do trabalho extraordinário vão ter uma recuperação de 20 por cento a partir de dia 01.

No Natal o hospital Amadora-Sintra teve esperas de 20 horas nas urgências, devido a um elevado número de doentes e à falta de clínicos escalados por razões de saúde. O Governo entretanto autorizou os hospitais que necessitem de reforço de equipas a contratar excepcionalmente mais médicos com um valor acima do que está definido na tabela, ou seja, além dos 30 euros à hora.

No documento a ACSS explica que os médicos com mais de 50 anos podem requerer a dispensa do trabalho nocturno e que os com mais de 55 podem requerer a dispensa de trabalhar nas urgências.

Tal faz, diz-se no documento, com que mais de metade dos médicos possam deixar de fazer esses trabalhos, o que levou a que fosse negociado com os sindicatos médicos que essa dispensa das urgências tenha sido prorrogada por dois anos.

“No âmbito do actual processo negocial, iniciado no passado mês de Novembro, esta matéria foi incluída pelo Ministério da Saúde no conjunto de matérias a negociar”, pode ler-se no comunicado.

Quanto ao pagamento de trabalho médico em regime de prestação de serviços o valor estipulado é de 25 e 30 euros, consoante são médicos não especialistas ou especialistas. A lei no entanto admite valores mais elevados “em situações que comprometam a prestação de cuidados de saúde”.

Este ano foram contratados para o serviço nacional de saúde mais 434 médicos e 511 enfermeiros do que em 2013, diz-se no comunicado.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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