1 em cada 5 adolescentes sofre de hiperidrose não diagnosticada
Um estudo conduzido pela International Hyperhidrosis Society concluiu que 17% dos adolescentes são afetados pela transpiração excessiva e incontrolável, uma conclusão que aponta para um valor sete vezes superior às estimativas anteriores, que reportavam prevalências na ordem dos 1,6% e 2,1%. O estudo desvendou ainda que, entre os adolescentes afetados pelo suor excessivo, 75% indicam sentirem-se diariamente incomodados por esta doença.
A hiperidrose é uma patologia que atinge cerca de 5% da população mundial. No caso dos mais jovens, os primeiros sintomas surgem aproximadamente aos 11 anos, ainda que 25% das crianças apresentam manifestações desta doença entre os dois e os 10 anos.
Com o regresso às aulas, é importante avaliar o impacto psicológico e social que a hiperidrose, assume no quotidiano dos jovens portugueses. Suar em excesso pode representar uma situação de tensão e stress, chegando a impedir o progresso na aprendizagem. Segundo dados empíricos, quem sofre de hiperidrose tem habitualmente mais dificuldade em estabelecer relacionamentos sociais, ao evitar contactos mais próximos com os outros.
Estes resultados demonstram a necessidade de diagnosticar corretamente e tratar a hiperidrose em crianças e adolescentes. As idades formativas são muito importantes no desenvolvimento da autoconsciência da criança e do adolescente e devem ser acompanhadas com uma correta avaliação das condições de saúde ao nível físico e psicológico.
Segundo Dr. João Lima Gabriel, Médico especialista na Clinica Liberty, “a hiperidrose é uma doença cuja repercussão na saúde mental pode chegar a ser incapacitante, mas que também, uma vez tratada, pode melhorar drasticamente a qualidade de vida dos pacientes. Quando a hiperidrose é diagnosticada em fase precoce, a vida do paciente pode mudar literalmente”. Acrescenta que “milhares de estudantes em todo o mundo lutam contra o suor, que diariamente afeta a sua autoestima, promovendo comportamentos de isolamento social. Algo que não faz sentido já que se trata de uma patologia que, quando identificada, facilmente se pode solucionar com o tratamento adequado”.