Relatório INSA

Variante Delta é atualmente a mais prevalente em Portugal

A última análise sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal, realizada pelo Núcleo de Bioinformática do seu Departamento de Doenças Infeciosas do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), mostra que a prevalência da variante Delta tem vindo a aumentar ao longo de todo o território português.

Entre as novas sequências analisadas, a variante Delta (B.1.617.2) é a variante mais prevalente em Portugal com uma frequência relativa de 89.1% na semana 25 (21-27 junho). De acordo com o INSA, “a sua frequência tem aumentado em todas as regiões durante o mês de junho”, como esperado, tendo tido um forte incremento nas Regiões do Norte (de 17.7%, na semana 22, para 71.1%, na semana 25) e Regiões Autónomas da Madeira (de 12.5%, na semana 22, para 85.7%, na semana 25) e Açores (de 0.0%, na semana 22, para 64.7%, na semana 25).

“Do total de sequências da variante Delta analisadas, 55 apresentam a mutação adicional K417N na proteína Spike (sub-linhagem AY.1). A frequência relativa da sublinhagem Delta (B.1.617.2) AY.1 na amostragem nacional de junho não tem evidenciado uma tendência crescente, tendo sido detetada a uma frequência relativa inferior a 1% na semana 25”, pode ler-se no relatório.

No que diz respeito à variante Alpha (B.1.1.7), associada inicialmente ao Reino Unido, registou-se um “forte decréscimo de frequência a nível nacional, apresentando uma frequência relativa de 9.8% na semana 25”.

A frequência relativa das variantes Beta (B.1.351) e Gamma (P.1), associadas inicialmente à África do Sul e ao Brasil (Manaus), respetivamente, “mantém-se baixa e sem tendência crescente nas últimas amostragens a nível nacional”.

Para além destas variantes, encontram-se em circulação outras como a variante/linhagem B.1.621 (detetada inicialmente na Colômbia), com “frequências relativas entre 1.0% e 0.4%, entre as semanas 22 e 25”.

A variante Lambda (C.37), com circulação vincada nas regiões do Peru e do Chile, foi detetada em apenas dois casos em Portugal, desde abril de 2021.

“No âmbito da monitorização contínua da diversidade genética do SARS-CoV-2 que o INSA está a desenvolver, foram obtidas, até ao momento, 2022 sequências a partir de amostras colhidas em junho de 2021. De acordo com o relatório do INSA, esta amostragem envolveu laboratórios distribuídos pelos 18 distritos de Portugal continental e pelas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo um total de 160 concelhos”, refere o documento.

Fonte: 
INSA
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
Pixabay