Estudo Fase III

Valneva vai dar início a ensaio comparativo entre a sua vacina e a da AstraZeneca

A Valneva anunciou, esta quarta-feira, o início de um ensaio de imunogenicidade comparativa que irá testar o fármaco candidato à vacina Covid-19 contra vacina da AstraZeneca. Se os resultados do estudo da fase III forem positivos, a Valneva vai apresentar as propostas regulamentares para aprovação inicial no próximo outono.

O estudo Cov-Compare, também conhecido como VLA2001-301, irá selecionar, aleatoriamente, cerca de 3000 participantes no Reino Unido com idade igual ou superior a 30 anos, para receber duas doses intramusculares de VLA2001 ou Vaxzevria, administradas num intervalo de quatro. Por outro lado, este ensaio irá contar com outros cerca de 1000 participantes, com menos de 30 anos, que vão ser colocados num grupo de tratamento não aleatório que receberá a vacina com 28 dias de intervalo.

Respostas imunes em adultos com mais de 30 anos

As análises de imunogenicidade serão feitas em amostras de aproximadamente 1200 participantes que testaram negativo para SARS-CoV-2 durante o rastreio. O endpoint primário avaliará a superioridade da resposta imunitária da VLA2001 contra Vaxzevria após a administração da segunda dose em participantes com mais de 30 anos.

A Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) avisou recentemente que as pessoas no Reino Unido com menos de 30 anos recebessem uma alternativa à Vaxzevria, uma vez que as autoridades sanitárias continuam a investigar casos raros, mas graves, de coágulos sanguíneos em adultos mais jovens que receberam a vacina. Entretanto, a Cov-Compare também avaliará a segurança do VLA2001 duas semanas após a segunda vacinação em adultos com idade igual ou superior a 18 anos.

Dados positivos em fase inicial

Um estudo em fase inicial mostrou que as pessoas que receberam a dose mais alta testada de VLA2001 viram os seus GMTs neutralizantes atingirem 530,4 duas semanas após a segunda injeção – uma resposta que a empresa disse estar "em níveis ou acima de níveis para um painel de convalescença". Valneva observou que o VLA2001 também desencadeou "amplas respostas de células T".

Thomas Lingelbach, CEO da Valneva, diz acreditar que “a VLA2001 tem um papel importante a desempenhar, incluindo potenciais alterações na vacina para abordar variantes", acrescentando que a empresa também está "a planear realizar ensaios complementares adicionais".

Fonte: 
GlobeNewswire
Nota: 
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Pixabay