Uma em cada 8 pessoas terá sido infetada nos hospitais, diz estudo

No entanto, os investigadores afirmaram que esta é uma taxa relativamente baixa e mostraram que havia um controlo eficaz da infeção no local.
Para este estudo foram analisados os dados de 1.500 casos até 28 de abril, cobrindo o pico da infeção no Reino Unido.
O autor principal, Ben Carter, disse que “a maioria desses pacientes já estava no hospital há muito tempo”. “Eram mais velhos, mais frágeis e tinham problemas de saúde pré-existentes”.
No entanto, apenas aqueles com teste positivo 15 dias ou mais após a admissão foram contados como infeções adquiridas no hospital. Se tivessem incluídos os doentes que testaram positivo após cinco a 14 dias, esta proporção aumentaria para 23% dos doentes internados, esclarece a investigação.
Mas, devido ao longo período de incubação do vírus, é impossível ter certeza de quantos destes doentes foram efetivamente infetados no hospital.
Duncan Young, especialista em medicina intensiva da Universidade de Oxford, disse que o estudo também não teria detetado os infetados durante um internamento curto no hospital, já que os pacientes não foram acompanhados após a alta.
E, claro, o estudo apenas analisou pessoas que estavam a ser tratadas no hospital para o coronavírus, então não incluiu a grande maioria das pessoas que contraíram a doença, mas permaneceram assintomáticas ou que recuperaram em casa, sem necessidade de tratamento.
Essas advertências sugerem que o risco de contrair o vírus no hospital ainda é pequeno.