Desafio de Pós-Doutoramento em I&D da AstraZeneca

Três investigações lideradas por portugueses vencem desafio internacional

A escolha era difícil. Tão difícil que a AstraZeneca decidiu financiar o trabalho dos seis finalistas do Desafio de Pós-Doutoramento em I&D, ao longo de dois anos, num dos centros estratégicos de investigação da companhia - em Cambridge, no Reino Unido, Gaithersburg, nos EUA ou Gotemburgo, na Suécia. E, destes seis finalistas, três são portugueses.

Ao contrário das tradicionais iniciativas de pós-doutoramento da indústria farmacêutica, este desafio, lançado em março de 2022, encorajava cientistas em início de carreira a enviarem as suas propostas de investigação para acelerar a descoberta de medicamentos para algumas das doenças mais complexas do mundo.

Foi o que fizeram Cátia Ferreira, aluna de doutoramento do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto; Ana Filipa Louro, aluna de doutoramento do iBET - Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica e Gonçalo Rosas da Silva, cientista no Aramune Technologies Ltd., na Irlanda do Norte, que apresentaram três das mais de 120 propostas. Destas, foram escolhidas seis, por um painel de jurados da AstraZeneca e líderes na área das ciências da vida, com base no mérito científico e no potencial de criar um impacto real para os doentes, a sociedade e os sistemas de saúde.

Cátia Ferreira, que vive atualmente na Suécia, é Mestre em Ciências Farmacêuticas e trabalhou durante cinco anos numa farmácia, onde prestava serviços de saúde à população. Foi durante esses anos que descobriu a sua paixão: encontrar novas abordagens terapêuticas para beneficiar os doentes, tendo realizado um Mestrado em Ciências Biofarmacêuticas. Participa neste desafio com uma investigação na área dos distúrbios metabólicos raros.

Ana Filipa Louro é Doutorada em Bioengenharia pelo ITQB-NOVA e Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade de Lisboa. Conquistou, em 2018, uma bolsa de doutoramento do programa MIT Portugal, tendo dado início a um projeto no qual tem trabalhado até ao momento, que visa avançar com terapêuticas baseadas em vesículas extracelulares para regeneração cardíaca.

Gonçalo Rosas da Silva concluiu a sua licenciatura e mestrado em Ciências Biomédicas na Universidade da Beira Interior, tendo o seu projeto final tido como foco o metabolismo do cancro, o que fez despertar o seu interesse pela forma como as doenças e os hábitos de vida são refletidos enquanto perturbações metabólicas. Ciente de que a insuficiência cardíaca afeta 65 milhões de pessoas em todo o mundo, e que é elevada a sua mortalidade e morbilidade, que a tornam um grande fardo de saúde pública, o seu projeto tem como objetivo o desenvolvimento de terapêuticas direcionadas para este problema de saúde. 

“Lançámos o Desafio de Pós-Doutoramento em I&D para promover a diversidade de pensamento e estimular oportunidades de investigação em todo o mundo. O evento final foi bem-sucedido e reuniu profissionais com elevada experiência e conhecimento com o intuito de ajudar a transformar as ideias dos vencedores em benefícios significativos para os doentes e potenciar o desenvolvimento das suas carreira. Estou ansioso para voltar a implementar o programa nos próximos anos”, afirma Mene Pangalos, Vice-Presidente Executivo de Biofarmacêutica I&D da AstraZeneca.

Os vencedores de África, Médio Oriente e Europa foram premiados com funções de investigação de pós-doutoramento totalmente financiadas, com acesso à experiência, compostos, novas ferramentas e tecnologias da companhia e suporte de orientação para transformar as suas ideias em realidade.

O Desafio de Pós-Doutoramento I&D faz parte do compromisso da AstraZeneca em apoiar os jovens talentos, oferecendo oportunidades de trabalho num ambiente diversificado e inclusivo, que permita que a ciência prospere.

Fonte: 
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Nota: 
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