Ter sofrido um AVC triplica o risco de morrer após infeção com Covid-19
De acordo com o estudo, que analisou os dados de mais de 91.000 doentes diagnosticados com Covid-19 até julho do ano passado, este risco é 1,3 vezes maior entre pessoas dos 60 aos 80 anos, do que em pessoas da mesma faixa etária que não sofreram um AVC.
Este é o primeiro estudo populacional realizado em Espanha sobre a relação entre a mortalidade depois de sofrer de Covid-19 e o facto de ter sofrido um AVC, e um dos poucos realizados até agora no mundo.
Para realizar o estudo, os investigadores analisaram dados de todas as pessoas infetadas com coronavírus entre 1 de fevereiro e 1 de julho de 2020. No total, 91.629, dos quais 5.752 (6,27%) tinham sofrido um AVC antes da infeção. Destes, 30% morreram após sofrerem de coronavírus, contra 9% no grupo de doentes que não tinham sofrido um AVC antes de contrair a doença.
"Tudo indica que o facto de a mortalidade aumentar depois da Covid-19 neste grupo é porque sofrem um maior grau de incapacidade derivado do AVC, ou seja, têm, entre outros, problemas de mobilidade com os quais, em caso de infeção, é mais provável que seja mais grave a nível respiratório, uma vez que têm mais problemas para ventilar ou engolir", explicou Elisa Cuadrado, médica assistente de Neurologia, citada pelo jornal El Mundo.