Ter mais conhecimento sobre a asma permite reduzir o sofrimento dos doentes
“Na origem do mau controlo da doença pode estar podem estar alguns fatores como o desconhecimento sobre a doença, a necessidade de fazer medicação diária e a consequente falta de adesão terapêutica ou também alguma dificuldade na administração da terapêutica, por exemplo, uma má técnica inalatória”, refere Ana Mendes, coordenadora do Grupo de Interesse em Asma da SPAIC.
Para contornar esta questão da falta de controlo sobre a doença a especialista destaca a importância de uma maior informação sobre a asma: “é necessário informar os doentes, os médicos e toda a comunidade em geral para a problemática da doença, para o seu caráter de cronicidade e para a importância da adesão à terapêutica. É fundamental transmitir informação sobre o sucesso da terapêutica e de que é possível uma vida sem restrições para quem tem asma”.
No entanto, existem cerca de 5% dos doentes com asma grave – um subtipo de asma de difícil controlo em que, mesmo corrigindo os fatores referidos há dificuldade em controlar a doença e no qual é necessário um nível bastante elevado de terapêutica. “Nestes casos é fundamental transmitir a informação de que existem centros de referência e tratamentos adequados que podem ajudar”, refere Ana Mendes.
Este ano a GINA - Global Initiative for Asthma definiu como mote para o Dia Mundial da Asma “Closing Gaps in Asthma Care”. Existem algumas lacunas no tratamento da asma e uma maior informação sobre a doença pode contribuir para reduzir o sofrimento dos doentes, “uma asma controlada não é um fator limitante no dia-a-dia”, conclui a imunoalergologista.