Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia congratula os vencedores do Nobel da Medicina

A hepatite C é provocada por um vírus, que tem uma característica ameaçadora para quem o contrai, ou seja, na grande maioria dos casos, torna-se crónico e silencioso, podendo perdurar durante décadas. Esse processo vai destruindo o fígado e desencadeando, nalguns casos, a cirrose e o cancro do fígado, um dos cancros de pior prognóstico.
Neste momento é muito fácil tratar e eliminar o vírus da hepatite C: através de antivíricos orais, em 8-12 semanas, sem efeitos secundários, consegue-se a eliminação definitiva em quase 100% dos casos.
Para Rui Tato Marinho, presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia “o Nobel atribuído à hepatite C é um pouco nosso, dos gastrenterologistas e hepatologistas, que a par de outros colegas têm estado no terreno, garantindo que todos os nossos doentes façam o melhor tratamento, da forma mais rápida” e sublinha que “estimamos que ainda existam em Portugal cerca de 40.000 infetados com o vírus a necessitarem de tratamento”.
“Esperamos que este Nobel contribua para alcançar o objetivo da Organização Mundial da Saúde, com a eliminação da hepatite C como importante problema de Saúde Pública em 2030”, termina o presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia.