Sociedade Portuguesa de Cardiologia defende dever de proteção especial para doentes com cardiopatia

A infeção COVID-19 apresenta complicações mais graves em doentes com mais idade (>60 anos) e cujo quadro clínico apresente outras comorbilidades. Em particular, verifica-se maior risco de complicações e de mortalidade nos portadores de doença cardiovascular (CV). “Embora os estudos que mostraram uma associação entre a doença CV e maior risco de complicações e de mortalidade nos doentes com infeção COVID-19 não definam doença CV de risco elevado, a SPC considera de extrema importância proteger os doentes portadores de doença cardíaca de risco elevado, cuja a atividade profissional não seja passível de teletrabalho, devendo assim beneficiar de deve de proteção especial”, defende Victor Gil, presidente da SPC.
“Esta questão é particularmente importante porque, sendo uma sociedade científica, a SPC tem sido questionada múltiplas vezes relativamente à definição de situações cardiovasculares de elevado risco que possam servir como orientadoras para os Cardiologistas, mas também para as outras especialidades médicas”, acrescenta.
Assim, e apesar da ausência de evidência científica sobre estas formas de doença CV que se associam a maior gravidade/mortalidade na infeção COVID-19, este documento, que é um documento de consenso desenvolvido por vários peritos de várias áreas da Cardiologia, permite identificar as doenças cardíacas com risco mais significativo associado à infeção por SARS-CoV2.