Campanha relembra que doença tem tratamento

Síndrome de Bexiga Hiperativa pode afetar cerca de 1 milhão e 700 mil portugueses

No âmbito do Dia Mundial da Incontinência Urinária (IU) que se assinala no dia 14 de março, a Astellas Farma acaba de lançar uma campanha de sensibilização para lembrar que a bexiga hiperativa (BH) tem tratamento. No entanto, é preciso reconhecer o problema e procurar ajuda médica.

Estima-se que cerca de 1 milhão e 700 mil pessoas com mais de 40 anos de idade possam sofrer da síndrome de BH em Portugal.  A falta de informação por parte dos doentes, cuidadores e dos prestadores de saúde é uma das principais causas para a desvalorização dos sintomas. Já o sentimento de vergonha e a noção errada de que é “um problema da idade”, contribuem para o atraso no diagnóstico.

A BH é uma condição que consiste numa contração ou espasmo involuntário e repentino do músculo da parede da bexiga, mesmo quando esta contenha um volume reduzido de urina. A necessidade frequente, intensa e urgente de urinar, assim como a noctúria (acordar uma ou mais vezes durante a noite para urinar) e a possível IU, fazem parte dos principais sintomas desta condição.

A prevalência da BH aumenta significativamente com a idade, particularmente a partir dos 40 anos, afetando tanto homens como mulheres. Se, por um lado, as mulheres são muito mais afetadas em idades mais precoces – mais frequente em mulheres do que em homens com menos de 60 anos –, por outro, acima dos 75 anos, o número de homens afetados aumenta exponencialmente. Ainda no homem, a crença que todos os sintomas urinários têm origem na próstata tem de ser corrigida; o homem também tem bexiga!

Apesar de não ser uma doença fisicamente incapacitante, dolorosa ou fatal, pode afetar a qualidade de vida dos doentes, levando por vezes à depressão ou ao isolamento. A informação é, por isso, essencial. As pessoas que tenham sintomas devem, o mais cedo possível, procurar ajuda e tratamento junto do seu médico de família ou outro especialista, de forma a conseguir o diagnóstico rápido e o melhor tratamento possível.

Atualmente existem várias linhas de tratamento para a bexiga hiperativa: medidas comportamentais, medicação oral, abordagem intravesical e tratamento cirúrgico. Muitas vezes, apenas com alterações comportamentais ou do estilo de vida e fármacos de administração por via oral (que atuam sobre a fase do armazenamento da urina e/ou sobre a fase de esvaziamento) conseguem-se bons resultados terapêuticos.

Neste sentido, e de forma a assinalar o Dia Mundial da IU, a Astellas Farma, em parceria com a Associação Portuguesa de Urologia (APU), Associação Portuguesa de NeuroUrologia e Uroginecologia (APNUG), e da Secção Portuguesa de Uroginecologia (SPUG) da Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG), irá promover ao longo de três semanas, espaços de informação e reflexão sobre a temática da IU e BH na Rádio Renascença. O objetivo da campanha é desfazer alguns mitos e informar acerca da prevalência desta condição, causas e estratégias de melhoria da qualidade de vida dos doentes, através de conversas descontraídas e descomplicadas com especialistas.

Em março, a Renascença apresenta um conjunto de conteúdos informativos nas suas plataformas, on-air e digital, contando com o contributo de oito médicos especialistas em variadas áreas de implicação e pertinência no tema da IU e BH. Entre os temas que serão abordados estão a simplicidade do diagnóstico da BH, a importância dos tratamentos conservadores, os benefícios dos exercícios do pavimento pélvico, a IU/BH nos homens, bem como o recurso ao ginecologista, no caso das mulheres, para esclarecer dúvidas sobre IU. Simultaneamente, foi criado um Dossier Informativo e agregador de conteúdos disponível no site da rádio.

Ainda para assinalar a efeméride, no dia 15 de março será realizado um webinar que irá juntar três especialistas das áreas de intervenção de maior relevância na patologia, num espaço de reflexão alargado sobre o tema da BH. 

Fonte: 
Hill+Knowlton Strategies Portugal
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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