Sindicato dos Enfermeiros visita Hospital de Santo Tirso para assinalar Dia Internacional do Enfermeiro
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“Já passaram mais de dois meses sobre os acontecimentos e, até ao momento, desconhece-se publicamente que medidas foram adotadas para reforçar a segurança dos profissionais de Saúde”, admite o presidente do SE, Pedro Costa. Este dirigente diz ainda não ter qualquer conhecimento sobre se já foram identificados os autores das agressões ou que medidas estão a ser tomadas pelas autoridades.
Pedro Costa salienta que “é importante que as unidades hospitalares adotem medidas que protejam os profissionais de Saúde durante o seu trabalho, em todos os serviços e em particular nos serviços de urgência, áreas hospitalares onde, por norma, se registam níveis de tensão mais elevados. “Faz sentido, e o SE patrocinou um abaixo-assinado nesse sentido, para que a legislação seja alterada, de modo a tornar este um crime público, sem necessidade de queixa por parte da vítima”, frisa. O presidente do SE admite que “muitas vezes, por medo de represálias, os enfermeiros e outros profissionais de Saúde, acabam por não apresentar queixa-crime e as agressões acabam por passar impunes”.
No final da reunião, cujo final está previsto para as 13h30, o presidente do Sindicato dos Enfermeiros – SE, Pedro Costa, está disponível para prestar declarações aos jornalistas. O ponto de encontro está marcado para a entrada principal da Unidade Hospitalar de Santo Tirso, onde irá decorrer o encontro com o Conselho de Administração do CHMA.
Ao final da tarde, e numa ação mais dirigida para o convívio entre enfermeiros, será inaugurada na sede do Sindicato dos Enfermeiros, na Rua D. João IV 199 – Porto, uma exposição do artista plástico portuense Rui Nunes. “I See You” é o nome desta iniciativa que reúne 11 pinturas que se constituem como uma homenagem aos enfermeiros portugueses e ao trabalho desenvolvido por estes, em especial durante o período de pandemia.
A série de pinturas em acrílico do autor, patente na sede do Sindicato dos Enfermeiros até 18 de junho, espelha o aparato que nas nossas rotinas diárias transformou as relações sociais nas sociedades contemporâneas, sobretudo a ocidental, tanto ao nível físico como psicológico. As obras retratam, em muito grande plano, vários profissionais do Serviço Nacional de Saúde português de máscara e touca.
A pintura de Rui Nunes apresenta um realismo cru baseado na vertente visível da relação Homem-Sociedade e nos antagonismos criados por essa interação. A busca por uma representação da figura humana, quer na sua totalidade quer na utilização de momentos de ação localizada, inserida em ambientes contadores de histórias, assim como a utilização de elementos gráficos metafóricos, obrigam a uma análise além da obra e a uma atenta interpretação concetual.