Sindicato dos Enfermeiros e SIPEnf passam a falar a uma só voz com o Ministério da Saúde
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“Com a criação formal da FENSE, nenhum dos dois sindicatos vai perder a sua autonomia estatutária, antes ganham nova força na negociação de matérias que são comuns às duas estruturas”, acrescenta o presidente do Sindicato dos Enfermeiros. “Em muitas situações, como o processo negocial que tem vindo a ser mantido com o Ministério da Saúde no último meio ano, não faz sentido manter negociações paralelas, com uma e outra estrutura, quando aquilo que defendemos e pretendemos ver resolvido é exatamente o mesmo”, justifica Pedro Costa.
A criação da FENSE resulta de um trabalho conjunto desenvolvido nos mandatos dos anteriores presidentes do SE e do SIPEnf – os enfermeiros José Correia Azevedo (SE) e Fernando Rodrigues Correia (SIPEnf). “Pretendeu dar-se uma outra força aos enfermeiros filiados nestas duas estruturas sindicais, uma vez que passamos a representar muito mais do que apenas os enfermeiros filiados no nosso sindicato”, acrescenta o presidente do SE. Na tomada de posse, os presidentes das duas estruturas sindicais recordaram ainda que “este ato da comissão instaladora da FENSE é o culminar de uma união com mais de 50 anos”.
“Não defendemos a unicidade sindical, nem o pensamento único, mas sim a liberdade e a diversidade de opiniões, sempre com o objetivo maior de defender o melhor para a enfermagem portuguesa”, salienta Pedro Costa. Já o presidente do SIPEnf, Fernando Mendes Parreira, acrescenta que “este compromisso hoje assinado não é mais do que o afirmar que nos respeitaremos e a nossa ação será orientada na defesa dos interesses dos enfermeiros pelos princípios da liberdade da democracia e da independência sindical”.
Conscientes dos desafios colocados às duas estruturas sindicais, e à enfermagem em geral, Pedro Costa defende que “há uma árdua tarefa que assumimos em mãos: queremos levar a bom porto o processo negocial mantido com o Ministério da Saúde, procurando acordar com a tutela algumas conquistas que já nos tinham sido garantidas pela anterior equipa ministerial”.
“Não desistimos e apelamos desde já ao novo ministro da Saúde para que rapidamente reagende a próxima reunião”, refere Pedro Costa, lembrando que “os enfermeiros tudo têm feito pelo SNS e pelos portugueses, por isso está na altura de vermos reconhecidos os nossos direitos, repostas algumas das conquistas que nos foram tiradas e, acima de tudo, é hora de voltar a valorizar a Enfermagem portuguesa”. Os enfermeiros portugueses, assegura, “estão cansados de estarem há 20 anos à espera de um sim do Governo”.
A FENSE pretende agora reforçar a sua base de suporte, com competência e seriedade, com vista à satisfação dos associados, assegurando as melhores condições de trabalho e a dignidade profissional.