Setor da Saúde precisa de um Data Lake nacional
“Só através da digitalização poderemos ter uma saúde sustentável e preocupada com o envolvimento informado dos cidadãos”, sublinham especialistas segundo os quais a criação de uma grande base de dados “será um instrumento fundamental para o desenvolvimento da investigação nacional, para avaliar novas terapêuticas, criar novos e mais inteligentes produtos e serviços, e para gerir de forma mais eficiente a informação clínica dos doentes”.
Será ainda decisiva na afirmação global do nosso país enquanto ecossistema de referência na saúde, referem, bem como fator decisivo na atração de investimento direto estrangeiro neste domínio.
“A avaliação de como tratamos a pandemia e quais lições daí a tirar é exercício que ainda não está feito – a que o HCP procurará dar a sua melhor contribuição - mas deixou clara a importância de uma saúde mais digital”, explicam em comunicado.
Estas foram algumas das conclusões de uma série de pequenos almoços (digitais) promovidos, pelo recentemente eleito Presidente da Direção do HCP, Guy Villax, para ouvir e debater com os associados alguns dos temas mais atuais da Saúde.
Este setor tem sido um dos principais motores da economia nacional. Na última década as exportações cresceram mais 150%. e em Portugal representa um volume de negócios anual na ordem dos 30 mil milhões de euros e um valor acrescentado bruto de cerca de 9 mil milhões, envolvendo perto de 90 mil empresas e empregando cerca 300 mil pessoas.
Para Joaquim Cunha, Diretor Executivo do Health Cluster, "há um forte potencial de desenvolvimento da Saúde, como os números têm demonstrado, apesar do setor ter vindo a ser fustigado com políticas públicas erradas que não reconhecem a sua importância económica e social e não promovem o investimento. É necessária maior eficiência e nesse sentido a digitalização terá um papel determinante".